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Alexandra Leitão entra na segunda semana de campanha "a sentir um crescendo"

"Corre muito bem na rua, as pessoas recebem-nos bem, são simpáticas, é mesmo isto que é preciso, vir falar com as pessoas para a rua", disse aos jornalistas.

05 de outubro de 2025 às 14:36

A "republicana mais do que convicta" Alexandra Leitão, cabeça de lista da coligação "Viver Lisboa", escolheu a Feira do Relógio para entrar na segunda semana de campanha, "a sentir um crescendo" por parte dos eleitores.

"Corre muito bem na rua, as pessoas recebem-nos bem, são simpáticas, é mesmo isto que é preciso, vir falar com as pessoas para a rua", disse aos jornalistas, lembrando que já anda "há muitos meses a falar" com os lisboetas.

Começando a descer, a socialista que encabeça a coligação que junta PS, Livre, BE e PAN vai notando que há menos gente na Feira do Relógio. "Já estive aqui mais apertada", reconhece, recordando a campanha para as últimas legislativas.

José Pinheiro, há 50 anos com banca montada no negócio dos estofos, paga 162 por mês, para quatro domingos, e tem visto dali desaparecerem muitos comerciantes. "Aquela rua dali estava cheia, [mas agora] está vazia, por causa dos aumentos", aponta.

À passagem de Alexandra Leitão, partilha a sua preocupação face aos rumores que lhe têm chegado de que os preços do aluguer de espaço poderão aumentar.

É que ele até vota PS, mas a verdade é que Carlos Moedas, atual presidente e recandidato pela coligação "Por ti, Lisboa" (PSD, CDS-PP e IL), diminuiu o aluguer em sete euros e isso é dinheiro, que "o negócio está mau, muito parado".

O recandidato à junta de freguesia de Marvila, António Videira, apressa-se a descartar os boatos, garantindo que não haverá aumento, ao contrário, vão tentar reduzir "uns 10, 15%".

Garantia foi o que uma feirante diz que teve de António Videira para a ajudar a encontrar uma casa. "Você prometeu e não me ajudou", disse-lhe, acompanhada por um coro de queixas: "é o que eles fazem todos, prometem, prometem", "é tudo igual", "querem é o tachinho", "lembraram-se agora de vir para aqui".

A julgar pela feira, Alexandra Leitão tem o eleitorado feminino senior conquistado, já que são muitas as mulheres que se lhe dirigem a comunicar que é nela que vão votar.

É sobretudo o PS que essas senhoras reconhecem, por isso a candidata demora-se a explicar que o que vai aparecer no boletim de voto é uma coligação, que junta quatro partidos.

A ação de hoje contou com o líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, com quem Alexandra Leitão trocou impressões sobre as projeções de resultados noutras geografias. "Estamos taco a taco em muitas", aplaudiram.

À aproximação de uma comitiva da CDU (que candidata João Ferreira a Lisboa), as palavras de ordem aumentaram de tom, mas saudaram-se e até trocaram panfletos.

Numa feira onde todos cabem, a cabeça de lista da coligação que junta PS, Livre, BE e PAN destacou que "Lisboa sempre foi uma cidade aberta (....), a porta da entrada para muita diversidade, para muitas culturas", notando que são necessárias "políticas públicas certas" para promover a integração.

No 5 de Outubro, "um dia importante para Lisboa", já que a implantação da República foi efetivada nos Paços do Concelho, Alexandra Leitão rejeitou o "discurso de que as coisas estão piores".

"O estado desta República, 51 anos depois do 25 de Abril, é bem melhor do que era antes do 25 de Abril", destacou, mencionando indicadores como educação, saúde, analfabetismo, mortalidade infantil, longevidade.

"Quer isto dizer que não podem melhorar? Não, obviamente têm que melhorar", afirmou, focando-se em Lisboa, hoje "uma cidade mais desigual do que era há quatro anos", onde "a habitação é uma emergência, é um desespero".

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