Moradores criticam a Gebalis, empresa pública que gere a habitação da capital portuguesa.
A cabeça de lista da coligação "Viver Lisboa", Alexandra Leitão, defendeu esta quinta-feira "um grande programa" de requalificação dos bairros municipais, onde o mau funcionamento dos elevadores é "um problema recorrente".
Durante a ação de campanha às eleições de 12 de outubro no bairro da Horta Nova, freguesia de Carnide, foram muitas as críticas de moradores à Gebalis, empresa pública que gere a habitação municipal de Lisboa.
"É um bairro esquecido e abandonado", disseram a Alexandra Leitão, que reconheceu "uma grande necessidade de requalificação [...], sobretudo dos espaços comuns, mas também de muita coisa dentro das casas".
Por exemplo, notou, "os elevadores são um problema recorrente, estão muitas e muitas e muitas vezes avariados, pondo quase sequestradas, em andares mais elevados, pessoas que têm dificuldade em subir e descer".
É o caso da irmã de Anunciação Lopes, que precisa de dois bombeiros para a tirarem de casa, pois o elevador está avariado.
"Hoje apareceu lá um senhor, se calhar descobriram que vocês cá vinham", ironizou.
À chegada ao bairro, a socialista que lidera a coligação que junta PS, Livre BE e PAN deu atenção à causa animal, uma das bandeiras da coligação e não só porque o PAN dela faz parte, sublinhou.
Com dois gatos em casa, demorou-se na visita à associação SOS Animal e estava tão confortável que um membro da comitiva sugeriu, confiante, que ali fosse antes da aprovação do próximo orçamento de câmara.
Segurando um pequeno gato à espera de ser adotado, Alexandra Leitão ouviu a médica veterinária Sandra Duarte Cardoso recordar o cenário que encontrou quando se instalou no bairro, há 13 anos.
"Eram centenas de animais na rua. Havia muita violência com os animais, porque como eram tantos as pessoas associavam ao lixo e à sujidade, então havia envenenamentos, havia pontapés a tudo o que eram animais, pombos por todo o lado mortos", relatou a presidente da SOS Animal.
Após o trabalho feito pela associação, a Horta Nova é hoje "outro bairro" do ponto de vista dos animais.
"Começámos a recolher os gatos, a esterilizar, a fazer a mesma coisa com os pombos doentes, a sensibilizar as crianças, que foram nossas aliadas", notou, defendendo "mais projetos destes".
À saída, Alexandra Leitão declarou que o tratamento dado aos animais "é uma questão civilizacional" e concordou que são necessários mais apoios às associações que os acolhem.
Questionada pelos jornalistas, Alexandra Leitão relativizou o empate apurado na sondagem do ICS/ISCTE para o Expresso e a SIC, divulgada na quarta-feira, que a põe a par com Carlos Moedas, atual presidente da câmara a recandidato pela coligação "Por ti, Lisboa", que junta PSD, CDS-PP e IL.
"As sondagens são sondagens", desvalorizou, dizendo que vai "continuar a trabalhar".
Ainda assim, disse tirar "uma ilação": a de "uma clara bipolarização", mostrando que "é a coligação 'Viver Lisboa' que pode ser alternativa" à governação de Carlos Moedas, que -- repetiu --, chegado ao dia do último debate entre todos os candidatos (esta quinta-feira, às 22h00, na RTP), continua sem divulgar o seu programa eleitoral.
Concorrem à Câmara de Lisboa nas próximas eleições autárquicas Carlos Moedas (PSD/CDS-PP/IL), Alexandra Leitão (PS/Livre/BE/PAN), João Ferreira (CDU-PCP/PEV), Bruno Mascarenhas (Chega), Ossanda Líber (Nova Direita), José Almeida (Volt), Adelaide Ferreira (ADN), Tomaz Ponce Dentinho (PPM/PTP) e Luís Mendes (RIR).
Atualmente, o executivo municipal integra sete eleitos da coligação "Novos Tempos" - PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança, sete eleitos da coligação "Mais Lisboa" - PS/Livre, dois da CDU (PCP/PEV) e um do BE.
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