Nuno Melo cumpriu uma volta nacional autónoma, concentrando no Norte e Centro do País muitas ações.
O presidente do CDS-PP, Nuno Melo, fez uma campanha na defesa das seis câmaras municipais centristas e simultaneamente na afirmação do espaço próprio do partido além da aliança governativa com o PSD, vincando diferenças na questão da Palestina.
Ao longo da campanha eleitoral para as eleições autárquicas do próximo domingo, Nuno Melo cumpriu uma volta nacional autónoma, concentrando no Norte e Centro do País muitas ações e passando pelos seis concelhos que os centristas governam.
O presidente do CDS-PP esteve nos três concelhos de gestão CDS do distrito de Aveiro: Vale de Cambra, Oliveira do Hospital e Abergaria-a-Velha, assim como em Ponte de Lima, governada pelo partido desde 1975, e em Santana, na Madeira, reservando para o último dia de campanha a viagem até Velas, na ilha de São Jorge, nos Açores.
A campanha autárquica do CDS ficou também marcada pela presença do antigo líder Paulo Portas, que, sem aparecer ao lado de Nuno Melo, esteve em Vale de Cambra e Lisboa, junto a Carlos Moedas, que se recandidata à presidência da câmara da capital, agora com uma coligação que, além dos centristas, inclui a IL. Hoje Portas tem previsto ir a Vila Franca de Xira apoiar a candidatura do líder parlamentar, Paulo Núncio.
Em Vale de Cambra, Portas evitou pronunciar-se sobre a forma como Nuno Melo abordou a flotilha que rumou a Gaza para tentar furar o bloqueio do território por Israel e que foi intercetada por forças israelitas que prenderam os seus ocupantes, entre os quais a coordenadora do BE, Mariana Mortágua, a atriz Sofia Aparício e os ativistas Miguel Duarte e Diogo Chaves.
O tema da flotilha navegou nas declarações que o presidente centrista foi fazendo aos jornalistas durante a campanha eleitoral, com Nuno Melo a começar por reagir à detenção dos portugueses qualificando a sua ação de panfletária e irresponsável, rumo a "um território ocupado por uma organização terrorista, responsável por um ataque que vitimou mais de 1.200 pessoas em Israel".
Nessa ocasião, em Mondim de Basto, Vila Real, o presidente do CDS-PP quis ainda sublinhar que o movimento islamista Hamas "oprime minorias, sejam elas religiosas ou pessoas em função daquilo que é a sua orientação sexual".
Quando os ativistas regressaram a Portugal, Nuno Melo disse já não querer dar para o "peditório" do que qualificou ser um "número", que voltou a apelidar de panfletário.
O presidente do PSD, Luís Montenegro, defendeu depois o equilíbrio da posição do Governo quanto à questão de Gaza e disse ser necessário que todos se "saibam respeitar uns aos outros e que não haja extremismo na forma como se expõem as ideias e as opiniões".
Nuno Melo, que é ministro da Defesa, disse não se ter sentido corrigido pelo líder social-democrata e primeiro-ministro, vincando que o CDS-PP "é totalmente solidário com a coligação" no Governo, mas é também "um partido que vale por si".
O líder centrista já tinha durante a campanha sublinhado que "o CDS tem o direito" a ter opinião.
"O CDS é um partido politico que soma no espaço politico à direita, mas é um partido politico e enquanto partido politico, o CDS tem opinião, o CDS tem o direito de ter opinião e o CDS expressa essa opinião e é o que eu faço enquanto presidente do CDS", afirmou na sexta-feira, durante um jantar comício na Covilhã, distrito de Castelo Branco.
A passagem de três aviões F35 pela base norte-americana das Lajes, nos Açores, a caminho de Israel, foi um outro tema ligado ao conflito em Gaza que entrou na campanha, com o Ministério dos Negócios Estrangeiros a reconhecer uma falha de procedimento que levou o ministro, Paulo Rangel, a não tomar conhecimento que pudesse expressar oposição aquela escala das aeronaves.
BE e Livre pediram a demissão de Nuno Melo a propósito da passagem dos caças, mas os bloquistas também defenderam que não tinha condições para continuar no Governo pela forma como se referiu à flotilha humanitária e por mostrar "lealdade e obediência" a Israel, nas palavras da dirigente Joana Mortágua.
Relativamente aos caças, Melo sublinhou que não teve nem tinha de ter intervenção no processo e disse-se satisfeito por partidos que considera radicais pedirem a sua demissão.
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