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Chega diz que problema da higiene urbana em Lisboa deve-se a má gestão

Candidato admitiu reforçar os recursos humanos e adquirir novos veículos.

06 de outubro de 2025 às 16:44

O candidato do Chega à Câmara de Lisboa defendeu esta segunda-feira que o problema da higiene urbana é de gestão e não um problema do modelo, admitindo contudo reforçar os recursos humanos e adquirir novos veículos.

"Aquilo que nós queremos é substituir essas pessoas, pôr gente capaz à frente da higiene urbana porque este é sobretudo um problema de gestão, não é um problema de modelo. O modelo da descentralização faz sentido, o que não faz sentido é ter estes protagonistas e autarcas mal preparados, 'boys' partidários, que são colocados nestas funções e que não fazem a mínima ideia do que é que estão a fazer", afirmou o cabeça de lista do Chega, Bruno Mascarenhas.

Durante uma ação de campanha na freguesia de Marvila, onde se fez acompanhar pelo líder do partido, André Ventura, o candidato garantiu que ficará na oposição caso não vença a corrida para a Câmara de Lisboa.

"Nós ou ganhamos ou então faremos a oposição, isto é claro", sublinhou.

Já depois de o presidente do Chega ter abandonado a ação de campanha, Bruno Mascarenhas considerou, ainda no tema da higiene urbana, que seria importante existirem mais recursos humanos e colocou em cima da mesa a possibilidade de adquirir veículos com mais capacidade de recolha.

"É importante termos mais recursos humanos, mas também é preciso termos veículos com capacidade de recolha, veículos que tenham seis toneladas para recolher e não duas toneladas como agora e alguns veículos que foram comprados", sublinhou.

O candidato deixou também críticas ao candidato da coligação "Por Ti, Lisboa", Carlos Moedas, acusando-o de não conhecer a cidade e de ter descoberto "ao fim de quatro anos que há um problema com os sacos à volta dos ecopontos".

"Só ao fim do mandato é que se lembrou que há um problema sério com a higiene urbana porque, se o ouvirem aqui há umas semanas, o engenheiro Moedas dizia que estava tudo bem e que a cidade estava mais limpa", continuou.

Posto isto, Bruno Mascarenhas considerou que "é importante olhar para os contratos" para perceber "porque é que determinados investimentos foram feitos" por considerar que "não dão garantias para a recolha do lixo".

O candidato reforçou também a importância de Marvila, uma freguesia de "especial significado", onde o Chega venceu nas eleições legislativas, mas também porque é uma freguesia "abandonada".

"Aqui temos um grande parque habitacional público onde nós queremos dar oportunidade às pessoas que andam há anos e anos a pagar a renda, que já praticamente pagaram estas casas e onde nós entendemos que devem poder ser proprietários", afirmou.

Nas eleições autárquicas de domingo concorrem à presidência da Câmara de Lisboa Alexandra Leitão (PS/Livre/BE/PAN), Carlos Moedas (PSD/CDS-PP/IL), João Ferreira (CDU-PCP/PEV), Bruno Mascarenhas (Chega), Ossanda Líber (Nova Direita), José Almeida (Volt), Adelaide Ferreira (ADN), Tomaz Ponce Dentinho (PPM/PTP) e Luís Mendes (RIR).

O executivo municipal integra sete eleitos da coligação "Novos Tempos" (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança), sete eleitos da coligação "Mais Lisboa" (PS/Livre), dois da CDU e um do BE.

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