page view

Filipe Araújo quer "projeto em condições" para as Avenidas Atlânticas no Porto

Candidato admitiu que será difícil executar o projeto em quatro anos.

02 de outubro de 2025 às 20:32

O candidato autárquico Filipe Araújo defendeu esta quinta-feira que as Avenidas Atlânticas, no Porto, merecem um "projeto em condições" após a construção da Avenida Nun'Álvares e do metrobus, admitindo que será difícil executar o projeto em quatro anos.

"O que eu quero fazer nos próximos quatro anos, e eu acho que não é possível, provavelmente, executar a obra - como disse, nós não fazemos promessas, assumimos compromissos - acho que é possível fazer um projeto, convidar e ter bons arquitetos a fazer o planeamento urbanístico para aquela zona, a desenhar o espaço público", disse à Lusa junto à Praia do Ourigo, na Foz do Douro.

Para Filipe Araújo, para tal é necessário "ao mesmo tempo, concluir a Avenida Nun'Álvares, o metrobus" e, se possível "iniciar as obras" e executar "aquilo que seja o projeto".

"Eu acho que tem de ter uma participação, porque sabemos que é uma zona muito acarinhada pelos portuenses e que precisa também de ser discutida", referiu.

Para Filipe Araújo, a avenida Nun'Álvares e o metrobus são "duas grandes obras que são absolutamente essenciais" para se depois avançar com "um projeto em condições" para o espaço das Avenidas Atlânticas, "que tem de ter um outro desígnio".

"Nós temos uma frente marítima de excelência. Hoje, aquela frente marítima exige um plano que seja desenhado por alguém que consiga dar dignidade àquele espaço, que hoje é um conjunto de alcatrão e estacionamento que tem quatro faixas, mais estacionamento, e que todos nós sabemos que tem de dar outra dignidade", sustentou.

Filipe Araújo disse ainda que "os passeios são estreitos do lado dos edifícios", apontando ainda para "as questões também dos resíduos que toda a gente quer ver tratada de outra forma, e o próprio passeio marítimo tem de ter outra dignidade".

"A partir do momento em que vamos resolvendo problemas estruturais, nomeadamente com a Avenida Nun'Álvares e o metrobus, temos mais capacidade de transporte público que não tinha até agora, e tendo essa capacidade podemos começar a devolver o espaço ao cidadão, às pessoas.

Para Filipe Araújo, "claramente, em termos de futuro dos cidadãos, a cidade quer-se para os cidadãos e não para os automóveis", mas com "conta, peso e medida" e com "soluções para as pessoas se movimentarem, porque os carros não vão desaparecer".

O também vice-presidente da Câmara do Porto lamentou ainda a existência de ruínas de um bar na Praia do Ourigo face a uma "batalha judicial" entre o concessionário e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), vincando que a autarquia tem tentado "vedar o espaço e colmatar alguns problemas de segurança que existem".

"Infelizmente para nós, não conseguimos fazer o mesmo que fizemos na Praia dos Ingleses, que foi demolir a infraestrutura e devolver a dignidade àquela zona", disse.

Concorrem à Câmara do Porto Manuel Pizarro (PS), Diana Ferreira (CDU - coligação PCP/PEV), Nuno Cardoso (Porto Primeiro - coligação NC/PPM), Pedro Duarte (coligação PSD/CDS-PP/IL), Sérgio Aires (BE), o atual vice-presidente Filipe Araújo (Fazer à Porto - independente), Guilherme Alexandre Jorge (Volt), Hélder Sousa (Livre), Miguel Corte-Real (Chega), Frederico Duarte Carvalho (ADN), Maria Amélia Costa (PTP) e Luís Tinoco Azevedo (PLS).

O atual executivo é composto por uma maioria de seis eleitos do movimento de Rui Moreira e uma vereadora independente, sendo os restantes dois eleitos do PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.

As eleições autárquicas realizam-se a 12 de outubro.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

o que achou desta notícia?

concordam consigo

Logo CM

Newsletter - Exclusivos

As suas notícias acompanhadas ao detalhe.

Mais Lidas

Ouça a Correio da Manhã Rádio nas frequências - Lisboa 90.4 // Porto 94.8