Secretário-geral do PS focou campanha nos temas locais e nos "falhanços do Governo".
Confiante na reconciliação dos portugueses com o PS, José Luís Carneiro focou a intensa campanha nos temas locais e nos "falhanços do Governo", para tentar manter o partido como principal força autárquica e "exorcizar" os recentes maus resultados eleitorais.
Poucos meses depois da hecatombe nas legislativas antecipadas, o PS chegou à campanha para as autárquicas de domingo com um novo líder e ainda com muitas feridas internas, tendo José Luís Carneiro assumido o objetivo de conseguir mais câmaras, mais assembleias municipais e mais juntas e apostado em autarquias relevantes como Lisboa e Porto.
Com o PS a presidir 149 câmaras, o secretário-geral socialista apostou numa campanha intensa, mas com uma estrutura reduzida e tímidas mobilizações na rua, e fez milhares de quilómetros para estar no maior número possível de ações dos candidatos autárquicos, numa caravana que subiu e desceu muitas vezes o mapa do País e chegou às ilhas.
Nas eleições de estreia como líder, o objetivo de Carneiro era assumido: focar-se nos temas locais, dar destaque aos seus candidatos e "puxar" não só pelo legado autárquico do PS como pelo trabalho dos governos socialistas e o seu impacto no poder local.
Nas declarações diárias aos jornalistas, o líder do PS evitava sair desta linha e foi explicando que a atualidade, na sua perspetiva, eram as eleições autárquicas, sendo a ausência de resposta e as curtas palavras sobre os portugueses na flotilha humanitária para Gaza um dos exemplos mais paradigmáticos desta estratégia.
As críticas àquilo que considera serem os "falhanços do Governo" em áreas como a saúde, a habitação ou a educação não ficaram de fora nem das escolhas da agenda nem dos discursos diários de Carneiro.
Fazendo sempre um discurso local, do qual partia para as "prioridades certas" do PS nestas eleições, o tema da habitação serviu por diversas vezes para interpelar o primeiro-ministro, inicialmente por causa do conceito de rendas moderadas e depois refutando as acusações de Luís Montenegro de que é em câmaras do PS e do PCP que apareceram mais barracas.
Depois do desaire eleitoral das legislativas de maio, o PS tenta evitar que a erosão eleitoral chegue às autárquicas e Carneiro mostrou-se, várias vezes, convicto na reconciliação e no reencontro dos portugueses com o PS.
Para o líder do PS, os resultados de domingo serão "responsabilidade de todos", numas eleições cuja estratégia e escolhas para as principais autarquias estava já em marcha pelas mãos do antecessor, Pedro Nuno Santos.
"Força tranquila" foi a expressão escolhida por Carneiro para se definir, insistindo na sua firme intenção de contribuir para a estabilidade em Portugal, mas preparado para todos os cenários já que é conhecida a imprevisibilidade na política.
Aos eleitores, sobretudo em distritos nos quais o Chega mais cresceu nas legislativas, o socialista deixou alertas para perigosos encantos dos discursos populistas e demagógicos e avisou que a "democracia não está para brincadeiras", mas sim para escolhas responsáveis no domingo.
Reiteradamente em todos os discursos, Carneiro assegurou que o PS é a "casa comum da democracia" e, a partir do meio da campanha, acolheu na sua volta nacional várias figuras de destaque do partido que discursaram um pouco por todo o País.
Apesar de tentar manter sempre a campanha nas questões locais e autárquicas, o caso da Spinumviva e o Orçamento do Estado para 2026 foram temas aos quais não conseguiu fugir, acusando o Governo de "descarada falta de isenção" nas "medidas eleitoralistas" que foi anunciando "a conta-gotas".
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