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Mariana Leitão, a "canhota" de direita que só tem críticas à esquerda

Líder da IL defendeu a importância das Assembleias Municipais e do seu papel de fiscalização do trabalho dos executivos camarários.

06 de outubro de 2025 às 18:05

A pintar um Galo de Barcelos estilizado, a líder da Iniciativa Liberal (IL) revelou-se uma "canhota" que só tem críticas para a esquerda política.

"É, sem dúvida, a única tendência de esquerda que tenho. Nasci canhota, sou chanhota, e ficamos por aí", respondeu, sorrindo, Mariana Leitão, instantes depois ter pintado, com a mão esquerda, um azulejo no atelier do pintor Bráulio Figo, na freguesia de Pereira, durante a campanha autárquica para 12 de outubro.

"Já vi que é canhota como a minha filha", assim "é mais difícil", avisou Bráulio Figo, enquanto dava à líder da IL indicações de como decalcar o desenho e pintar o azulejo.

Os "canhotos não têm muito jeito", considerou o artista, uma afirmação que a política não contestou: "Para mim é mais fácil fazer discursos do que pintar, certamente". Mas pintar o azulejo "é relaxante", comentou Mariana Leitão, perante o olhar atento de Bráulio Figo.

No final, perante os jornalistas e já depois de ter defendido a lista da IL à Assembleia Municipal de Montemor-o-Velho, Mariana Leitão insistiu que não vê "a política com um olhar canhoto" e só usa a esquerda "a escrever e a usar a colher de sopa".

E no plano político, ainda é mais radical na rejeição: a "esquerda tem uma visão completamente estatista da sociedade, da dependência do Estado, coletivista", enquanto "nós temos uma visão oposta".

"Confiamos no indivíduo, acreditamos nas pessoas, achamos que as pessoas não têm de ter o paizinho do Estado a olhar por elas a todo o minuto", mas têm o direito de "poderem ser livres, de poderem conseguir concretizar os seus sonhos e seguirem o seu caminho sem essas amarras e essas restrições", acrescentou.

E acrescentou nas críticas: "Não queremos o Estado a interferir em todo o lado" e a "estar constantemente a ditar como é que as pessoas devem viver", mas somente a "dar resposta nas questões essenciais e no resto que saia da frente das pessoas".

Aos jornalistas, a líder da IL defendeu a importância das Assembleias Municipais e do seu papel de fiscalização do trabalho dos executivos camarários, recordando que o seu primeiro cargo eleito foi como deputada municipal em Oeiras, na oposição a Isaltino Morais.

Ao lado Bráulio Figo e, já no final das declarações, prometeu à política que iria cozer e mandar entregar o azulejo que Mariana Leitão prometeu expor na sua casa. 

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