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Moedas procura "voto a voto" em Lisboa e há quem apoie mas também quem rejeite

Percurso foi também marcado por queixas dos munícipes, incluindo críticas sobre trotinetes e falta de limpeza.

03 de outubro de 2025 às 16:57

A ritmo acelerado, a candidatura "Por ti, Lisboa" -PSD/CDS-PP/IL procurou esta sexta-feira conquistar "voto a voto" numa arruada no centro da cidade, em que houve quem respondesse "passe à frente", quem expusesse problemas e também quem manifestasse apoio.

A partir do Campo Pequeno, o candidato Carlos Moedas, que se recandidata a presidente da Câmara de Lisboa, recebeu a líder da IL, Mariana Leitão, que lhe quis trazer "força" para vencer as eleições autárquicas de 12 de outubro, procurando "pessoa a pessoa, voto a voto". Juntos encabeçaram a comitiva de apoiantes da candidatura "Por ti, Lisboa", que percorreu a Avenida da República até ao Saldanha.

Nas autárquicas de 2021, Carlos Moedas venceu, sem maioria absoluta, com a coligação "Novos Tempos" - PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança, sem contar com o apoio da IL, partido que concorreu sozinho e não conseguiu eleger vereadores no executivo municipal. Nestas eleições, destaca-se o duelo entre uma coligação de direita, designadamente PSD/CDS-PP/IL, e uma outra de esquerda, com "Viver Lisboa" - PS/Livre/BE/PAN, sem integrar a CDU (PCP/PEV), o que torna difícil antecipar vitórias e quase impossível a conquista de uma maioria absoluta.

"Nós só queremos Moedas presidente", gritou a comitiva, no arranque da arruada, com bandeiras alusivas à candidatura.

A maioria das abordagens com a população, inclusive trabalhadores, não passou de cumprimentos de Carlos Moedas e Mariana Leitão. Houve também interações com as pessoas que estavam nas esplanadas de cafés e restaurantes, a quem o autarca do PSD acabou por pedir desculpa pela "grande confusão, mas que faz parte" da campanha eleitoral.

Houve quem recusasse "a invasão", respondendo "passe à frente", mas também quem aceitasse de bom grado "por ser democrata" e quem até revelasse que irá votar na candidatura "Por ti, Lisboa".

"Mando muitas mensagens e responde-me", enalteceu uma munícipe, a quem o social-democrata assegurou dar "resposta a tudo".

O percurso foi também marcado por queixas dos munícipes, incluindo críticas sobre trotinetes e falta de limpeza, em particular junto a uma obra na Avenida 5 de Outubro, onde uma moradora disse haver ratos e contou que sua cadela morreu após ingerir veneno de rato.

À chegada ao Saldanha, Carlos Moedas abordou um casal de idosos disponível para o ouvir, ao contrário da dificuldade sentida ao longo da arruda, que justificou por "estar tudo ao telemóvel". No final, esse casal afirmou: "Estamos consigo".

Em declarações aos jornalistas, ao lado da presidente da IL, o autarca do PSD considerou que as pessoas "estão contentes" com o seu projeto para a cidade, iniciado há quatro anos, ressalvando que também "há queixas sobre muitas coisas".

Apesar de não falar em voto útil, Carlos Moedas reiterou que a escolha dos lisboetas é entre o seu projeto, "que fez e vai fazer muito mais", e a candidatura de Alexandra Leitão (PS/Livre/BE/PAN), a quem acusou de querer "mais impostos" e uma cidade "mais suja".

"Eu estive quatro anos em minoria sem poder fazer tudo aquilo que eu queria e podia", apontou o social-democrata, justificando assim a incapacidade para resolver problemas, inclusive na higiene urbana.

Sem pedir diretamente uma maioria absoluta, apelou à mobilização dos eleitores: "Precisamos de votos para conseguir ter condições de governabilidade e, portanto, quem tem mais um voto, que é o que eu peço aos lisboetas, é presidente da Câmara, mas, obviamente, quantos mais votos melhor".

"Muito confiante" com o seu programa eleitoral, com 15 medidas, da habitação à segurança, o autarca do PSD destacou o compromisso de "continuar a baixar os impostos" e reduzir as taxas municipais, atribuindo "este ímpeto" à IL.

Concorrem à Câmara de Lisboa nas próximas eleições autárquicas Carlos Moedas (PSD/CDS-PP/IL), Alexandra Leitão (PS/Livre/BE/PAN), João Ferreira (CDU-PCP/PEV), Bruno Mascarenhas (Chega), Ossanda Líber (Nova Direita), José Almeida (Volt), Adelaide Ferreira (ADN), Tomaz Ponce Dentinho (PPM/PTP) e Luís Mendes (RIR).

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