A edição de hoje
Para o candidato socialista à autarquia do distrito de Lisboa, os transportes são um problema para este setor da população, mas também para as crianças e jovens em idade escolar.
O candidato do PS à Câmara de Cascais identificou esta quarta-feira a mobilidade como um problema do concelho, propondo-se a criar transporte escolar numa reconfiguração mais alargada que inclui o aumento de linhas de autocarros.
João Ruivo visitou esta quarta-feira o centro de convívio Os Vinhais, em Tires, onde 'interrompeu' um jogo de dominó ou atividades como pintura em tecido e macramé e ouviu os idosos que aí se reúnem queixarem-se dos transportes inexistentes ou ineficazes.
"O isolamento dos idosos é uma preocupação grande [...] e este tipo de instituições são muito importantes para que nós consigamos manter ativa a mente destas pessoas, o físico, conseguir ajudá-los a terem um envelhecimento com mais qualidade", alertou, em declarações à agência Lusa.
Para o candidato socialista à autarquia do distrito de Lisboa, os transportes são um problema para este setor da população, mas também para as crianças e jovens em idade escolar.
"Temos problemas nos transportes que estão a afetar as escolas, porque, tendo nós os horários dos comboios conciliados com os autocarros, não os temos alinhados com os das escolas", notou.
João Ruivo quer, assim, criar um transporte escolar que estaria dedicado às escolas no início da manhã e ao fim da tarde, "quando há maior fluxo" de alunos, mas que durante o dia pudesse ser utilizado pelas escolas e pelos centros de convívio para os seus passeios.
"Não nos basta dizer que os idosos têm entrada gratuita no museu ou que os idosos têm acesso gratuito aos transportes públicos, mas depois não lhes dar condições para lá chegar", vincou, relevando que esta proposta surgiu das "muitas visitas" que fez a espaços como o centro de convívio Os Vinhais nos últimos "seis, sete meses".
O candidato socialista à Câmara de Cascais nas eleições de domingo defende uma reconfiguração mais ampla da rede de autocarros, que foi "mal desenhada".
"Cascais decidiu ficar fora da Carris Metropolitana. Fez o desenho das linhas que entendeu e hoje conseguimos perceber duas questões: a primeira é que o trânsito dentro de Cascais está infernal. A construção desenfreada de habitações, principalmente de luxo, e de bairros de luxo, que estão a proliferar, aumentaram muito o tráfego. O tráfego em Cascais faz com que os autocarros se atrasem constantemente", notou.
Segundo Ruivo, os munícipes consideram que "os autocarros em Cascais não são fiáveis", pelo que é preciso "concretizar as longitudinais para retirar trânsito dos centros urbanos".
"Podíamos estar a prometer faixas de bus em todo lado, mas isso é impossível porque o traçado urbano não nos permite, portanto, temos de tirar de lá o trânsito para que os autocarros possam passar", justificou.
"Por outro lado, temos de aumentar o número de linhas em Cascais e diminuir o percurso. Há linhas que demoram uma hora e meia. É muito tempo. [...] Temos que ter linhas mais curtas, linhas mais diretas", defendeu ainda.
Além de João Ruivo, concorrem à Câmara de Cascais nas eleições de domingo Nuno Piteira Lopes (PSD/CDS-PP), Alexandre Abreu (BE/Livre/PAN), João Rodrigues dos Santos (Chega), Carlos Rabaçal (CDU), Manuel Simões de Almeida (IL), Fábio Pereira (ADN), João Maria Jonet (independente) e António Pinto Pereira (independente, com apoio da Nova Direita e Nós, Cidadãos!).
O executivo de Cascais é composto por sete eleitos da coligação Viva Cascais (PSD/CDS-PP), três da coligação Todos por Cascais (PS/PAN/Livre) e um do Chega.
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