Candidata pelo Chega revelou que o denominador mais comum que encontrou no contacto com a população foi o facto de os eleitores não se sentirem próximos do poder no concelho.
A cabeça de lista do Chega à Câmara de Sintra, Rita Matias, prometeu esta quinta-feira uma presidência descentralizada do município, caso vença nas eleições de dia 12, antecipando um papel decisivo do partido a nível nacional.
"Não vi nenhum [partido] fazer uma proposta que nós temos, que é termos uma presidência descentralizada. Nós queremos todas as semanas estar numa freguesia diferente, para nos aproximarmos do cidadão", antecipou a candidata do Chega à Câmara Municipal de Sintra, no distrito de Lisboa.
Durante uma ação de campanha em Belas, a também deputada revelou que o denominador mais comum que encontrou no contacto com a população foi o facto de os eleitores não se sentirem próximos do poder no concelho.
"Acho que este mecanismo pode ser um modelo interessante, não só para o Chega aqui em Sintra, mas até a nível nacional para outros autarcas", avaliou.
Para concretizar essa descentralização, Rita Matias dialogaria com os presidentes das juntas, de modo a garantir uma presença junto da população "dois ou três dias" por semana, e descentralizaria as assembleias municipais, por ser "o momento em que o cidadão comum" se dirige "ao poder executivo".
"Há temas dos quais nos vamos apercebendo quanto mais presentes estamos naquele sítio em particular. Muitas das vezes uma visita rápida, de quem vai e volta, não permite conhecer com profundidade", defendeu.
A partir desse contacto direto, como o que aconteceu hoje em Belas, onde foi abordada por várias pessoas para relatarem as suas preocupações, Rita Matias tem descoberto diversos desafios, num concelho "com uma dimensão muito grande".
A candidata do Chega propõe-se colocar "Sintra na linha" -- o 'slogan' da sua campanha -, desde logo devolvendo "alguma organização a todo o território", nomeadamente do ponto de vista da mobilidade, do lixo e da segurança, mas também criando "ordem nas próprias respostas municipais".
"Neste momento, quando a pessoa pensa na Câmara Municipal, em Sintra, pensa em burocracia, em complexidade, em dificuldade, e nós queremos tornar os mecanismos mais adequados ao cidadão", elencou, assumindo que a solução pode passar pelo recurso a inteligência artificial.
Por outro lado, Rita Matias desvalorizou as sondagens que dão um empate técnico entre a sua candidatura, a de Ana Mendes Godinho (PS/Livre) e de Marco Almeida (PSD/IL/PAN), lembrando que "normalmente as sondagens não costumam ser exatamente a expressão do que o Chega depois é nas urnas".
"Sabemos que ainda há um voto envergonhado e um voto escondido, daquelas pessoas que não querem dizer ao telefone ou presencialmente", afirmou.
"Havia muitas pessoas que diziam que o Chega não tinha expressão autárquica, que aquilo que aconteceu nas legislativas era um epifenómeno. As sondagens permitem-nos acreditar que não e as ruas também permitem-nos acreditar que não. Por isso, estamos muito confiantes na vitória", declarou.
Mostrando-se convicta de que o partido terá "uma expressão em todo o território", Rita Matias revelou aos jornalistas que tem sentido "muita adesão" da parte dos eleitores e que sente "muita responsabilidade", uma vez que "as pessoas quando olham para o Chega olham-no como um partido que consiga resolver todos os seus problemas".
"Sabemos que, em quatro anos de mandato, mesmo o autarca mais empenhado terá dificuldades de resolver problemas que são estruturais e que são de décadas de desinvestimento. Portanto, é com muita responsabilidade que olhamos para isso, mas também com muita esperança, porque acreditamos que há algo no ar que nos permite sentir que vai acontecer uma mudança, que o Chega vai ser decisivo", acrescentou.
Em jeito de conclusão, Rita Matias prometeu que "num cenário de vitória, num cenário de vitória mais curta ou uma vitória que não signifique a liderança do executivo" estará "ao serviço dos sintrenses".
Atualmente, o executivo, presidido por Basílio Horta, que cumpriu três mandatos e não se pode recandidatar, tem cinco eleitos do PS, três do PSD, um do CDS-PP, um da CDU e um independente (ex-Chega).
Concorrem também à Câmara de Sintra em 12 de outubro Pedro Ventura (CDU, coligação PCP/PEV), Maurício Rodrigues (CDS-PP/PPM/ADN), Tânia Russo (BE) e Júlio Gourgel Ferreira (ND).
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