Porta-voz do Livre avisou que a coligação de Carlos Moedas pode "ficar refém da extrema-direita".
O porta-voz do Livre realçou esta segunda-feira que "só não entrou no elétrico da responsabilidade" em Lisboa "quem não quis", numa crítica ao PCP, e avisou que a coligação de Carlos Moedas pode "ficar refém da extrema-direita".
"Só não entrou nesta linha, só não esteve no elétrico da responsabilidade, nesse elétrico amarelo da Carris, quem não quis estar. E quem não está com essa responsabilidade, eu pergunto-me se terá visto o mesmo que nós vimos em quatro anos de vereação em Lisboa", criticou Rui Tavares, num comício em Lisboa da coligação PS, Livre, BE e PAN à autarquia da capital, Viver Lisboa, encabeçada pela socialista Alexandra Leitão.
Numa crítica ao PCP, que se candidata em coligação com o Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV), formando a CDU (Coligação Democrática Unitária) em todo o país -- algo que o líder do Livre tem criticado e definido como "chapa-cinco" -, Rui Tavares salientou que "o elétrico chamado responsabilidade tem várias paragens e uma linha muito clara e um destino muito claro".
A primeira paragem, disse, foi a de constituir a coligação Viver Lisboa, com o líder do Livre a realçar que Alexandra Leitão "ouviu toda a gente, aceitou as ideias que faziam sentido, foi inclusiva e chamou toda a gente a essa responsabilidade".
Tavares, que além de deputado é também vereador na capital, tal como o comunista João Ferreira, que encabeça a lista da CDU, realçou que "reunião após reunião, proposta após proposta, voto após voto", o atual presidente da Câmara e recandidato ao cargo, Carlos Moedas, "simplesmente desleixou a cidade, negligenciou a cidade, não ouviu, não participou" e não respondeu perante os seus vereadores, deixando Lisboa "ao descaso".
"A responsabilidade de estarmos juntos é contra a irresponsabilidade que seria deixar Carlos Moedas mais quatro anos a governar a cidade de Lisboa", sublinhou.
Rui Tavares avisou ainda que a coligação encabeçada por Carlos Moedas, Por ti, Lisboa, que junta PSD, IL e CDS-PP, "pode ficar refém da extrema-direita" a partir de domingo.
"É, portanto, uma responsabilidade histórica. Quatro anos de Carlos Moedas, como ele já foi, mas nestas condições que eu acabei de descrever, serão quatro anos que nos deixarão uma cidade dividida, polarizada, a continuar a expulsar a classe média e a classe trabalhadora e a deixarem uma Lisboa para o futuro onde as forças do progresso, da ecologia e do humanismo estariam politicamente acantonadas durante décadas", alertou.
Passando a responsabilidade aos eleitores, o porta-voz do Livre apelou para que se certifiquem que tal não acontece e a cidade consegue chegar ao "elétrico do desejo".
Na reta final do discurso, Rui Tavares abordou a tragédia do elevador da Glória, que vitimou 16 pessoas em setembro, afirmando que só se saberão as causas do acidente "quando a técnica e a peritagem independente o puder dizer".
O deputado criticou, contudo, que o turismo tenha sido tratado em Lisboa "como uma galinha dos ovos de ouro", e Carlos Moedas por ter apresentado "a cidade como tecnológica" e não se ter lembrado "de trazer a tecnologia à história da cidade".
"A presidente que teremos saberá fazer de outra maneira. Saberá olhar para o que aconteceu e projetar o futuro", acrescentou, referindo-se a Alexandra Leitão.
Nas eleições autárquicas de domingo, concorrem à presidência da Câmara de Lisboa, além de Alexandra Leitão, Carlos Moedas (PSD/CDS-PP/IL), João Ferreira (CDU-PCP/PEV), Bruno Mascarenhas (Chega), Ossanda Líber (Nova Direita), José Almeida (Volt), Adelaide Ferreira (ADN), Tomaz Ponce Dentinho (PPM/PTP) e Luís Mendes (RIR).
Atualmente, o executivo municipal integra sete eleitos da coligação "Novos Tempos" (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança), sete eleitos da coligação "Mais Lisboa" (PS/Livre), dois da CDU e um do BE.
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