Abertura económica e melhor nível de vida aumentam lista de ricos.
A revolução que se seguiu ao golpe militar de 25 de Abril mudou o País. As famílias ricas, associadas ao regime do Estado Novo, foram obrigadas ao exílio, sendo o Brasil o refúgio da maioria. Mas as três famílias mais ricas do Estado Novo, Espírito Santo, Mello e Champalimaud, regressaram em força com a abertura ao setor privado de setores fundamentais da economia nos anos 80 e com as reprivatizações da década de 90. Voltaram a ter destaque, e a que voou mais alto, a Espírito Santo, foi também a que teve o estrondo maior, com o descalabro em 2014 do império financeiro mais importante do País, o Banco Espírito Santo, que tinham recuperado nas privatizações. Apesar da queda, continua a ser um nome importante e poderoso. Mas melhor sorte tiveram os Mellos. O império foi dividido há décadas pelos irmãos. Os herdeiros de José Manuel de Mello controlam o grupo CUF, agora com a saúde como principal negócio, e a Brisa. Os herdeiros de Jorge de Mello têm um importante grupo alimentar, com relevância no negócio do azeite.
António Champalimaud era dessa trindade o mais destemido. Fundou a Siderurgia, nacionalizada depois, e voltou na década de 90 a ter uma importante participação nos seguros e na banca. Comprou o Totta que também tinha o Crédito Predial, tendo vendido mais tarde com mais-valias fabulosas o grupo aos espanhóis do Santander. Deixou uma fundação importante e um dos seus filhos é um empresário relevante, acionista de referência dos CTT.
A mudança, a melhoria do nível de vida geral e a abertura económica depois do PREC abriram espaço para novos milionários. Da família de Américo Amorim, que chegou a rainha da cortiça e os seus herdeiros ganham agora também milhões na Galp, a Belmiro de Azevedo, o homem que mudou a grande distribuição. Destaque ainda para a família Soares dos Santos, cujos herdeiros do legado da Jerónimo Martins fizeram um império internacional de supermercados. Na maioria das 100 famílias mais ricas e poderosas de hoje, os seus avós já o eram no Estado Novo.
Portugal é um país onde a riqueza, a influência e o poder são mantidos e costumam passar de geração em geração, independentemente dos regimes políticos.
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