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Deve ser garantida prioridade absoluta à Educação, à Ciência e à Cultura, por Guilherme d'Oliveira Martins

É preciso avaliar com qualidade escola, alunos e professores.

20 de março de 2024 às 12:11

Ao celebrarmos 50 anos da democracia renascida a 25 de Abril de 1974 temos de dizer que foi a Educação um dos domínios em que mais avançámos comparativamente com os países mais desenvolvidos. Contudo, não basta satisfazermo-nos com esse facto. Com doze anos de escolaridade obrigatória, com a redução do insucesso e do abandono escolar precoce, com a melhoria na formação da população ativa, com maior frequência no ensino superior – temos hoje responsabilidades acrescidas. Mas não podemos estar descansados com os níveis médios de aprendizagem atuais nos diferentes níveis de ensino. Estamos numa encruzilhada que obriga a garantir a consolidação e a autonomia das escolas, com vista à maior qualidade.

O que falta fazer? Temos de garantir a prioridade absoluta dada à Educação, à Ciência e à Cultura. Precisamos de melhor formação dos professores e educadores, e de meios justos para dignificar a profissão docente, atraindo os melhores. Impõe-se, por isso, a avaliação de qualidade para as escolas, os professores e os alunos. Só assim poderemos melhorar a prestação de todos quanto à qualidade das aprendizagens. Os recentes resultados no PISA devem ser acompanhados, no sentido de assegurar a adoção das medidas indispensáveis para corrigir as fragilidades existentes, compreendendo que esses indicadores têm sempre de ser acompanhados de medidas estruturais, que devem basear-se em consensos duráveis no sentido da concretização do objetivo consagrado pela UNESCO de "Educação de qualidade para todos".

Temos de ser mais exigentes. Andámos muito, mas temos muito mais para caminhar. As apostas de longo prazo não podem ser confundidas com os movimentos circunstanciais. A educação e a formação ao longo da vida e o reconhecimento dos saberes adquiridos têm de ser incentivados. Aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver com os outros e a aprender a ser têm de estar na ordem do dia!

Parabéns ao Correio da Manhã!

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