Aumenta para 113 número de países com novas metas de redução de emissões

ONU estimou que, com base nas novas metas, será atingida uma redução de 12% nas emissões globais até 2035 em comparação com os níveis de 2019.

10 de novembro de 2025 às 17:50
Belém acolhe a COP30, conferência sobre alterações climáticas Foto: Antonio Lacerda/Lusa_EPA
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O número de países com novas metas de redução de emissões de gases com efeito de estufa (GEE) subiu para 113, na véspera da conferência do clima do Brasil, informou esta segunda-feira a ONU.

A 30.ª conferência da ONU sobre o clima, a COP30, começou esta segunda-feira em Belém, no Brasil, e prolonga-se até dia 21.

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Os países, uma obrigação decorrente do Acordo de Paris de há 10 anos, deviam já ter apresentado as suas contribuições para a redução global de emissões de GEE, as chamadas "contribuições nacionalmente determinadas", ou NDC, mas até final de setembro só 64 o tinham feito.

Agora, com os novos anúncios, mais de metade dos 195 signatários do Acordo de Paris publicaram as suas metas para os próximos dez anos, representando em conjunto 69% do total das emissões globais.

A ONU estimou que, com base nas novas metas, será atingida uma redução de 12% nas emissões globais até 2035 em comparação com os níveis de 2019.

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Antes das novas NDC agora conhecidas, a redução, segundo a ONU, seria de cerca de 10%.

Mesmo os 12% são insuficientes para limitar o aquecimento global a um aumento de 1,5ºC (graus celsius) em relação à era pré-industrial, o principal objetivo do Acordo de Paris.

No entanto segundo a ONU antes da assinatura do acordo a previsão era de um crescimento das emissões entre 20% e 48% até 2035.

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Na abertura hoje da COP30 em Belém, o secretário executivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, Simon Stiell, alertou que as NDC "não estão a reduzir as emissões com a rapidez suficiente".

Os combustíveis fósseis são os principais causadores das emissões de GEE, especialmente de dióxido de carbono. Esses gases lançados para a atmosfera provocam um efeito de estufa e o aquecimento do planeta, levando nomeadamente à desregulação do clima.

Entre os signatários do Acordo de Paris que reviram ou apresentaram metas entre setembro e o passado domingo estão os Estados-membros da União Europeia, que chegaram a acordo em vésperas da conferência climática após longas discussões.

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Na lista constam ainda a China, a África do Sul, a Tailândia e a Venezuela, entre outros.

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