Montenegro lamenta ausência dos Estados Unidos na COP30

Ainda assim, primeiro-ministro frisou que a ausência da delegação norte-americana "não compromete a COP porque é muito impactante".

06 de novembro de 2025 às 18:50
Luís Montenegro Foto: Estela Silva/Lusa
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O primeiro-ministro, Luís Montenegro, lamentou esta quinta-feira a ausência dos Estados Unidos na cimeira de líderes e na Conferência das Nações Unidas para o clima (COP30), mas considerou que as negociações não ficam comprometidas.

"Com certeza, com muito lamento", disse Montenegro aos jornalistas, à margem do primeiro dia da cimeira de líderes que antecede a 30.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP30), na cidade amazónica brasileira de Belém.

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Ainda assim, Luís Montenegro frisou que a ausência da delegação norte-americana "não compromete a COP porque ela é muito impactante do ponto de vista da participação transversal de todos os continentes, de todas as geografias do mundo".

O chefe do Governo português, sublinhou, contudo, que Portugal vai continuar a "sensibilizar todos e sobretudo os Estados Unidos da América para voltarem a estes objetivos".

"Os Estados Unidos são necessários neste percurso de salvaguarda coletiva e universal que é gerirmos as alterações climáticas, preservarmos a sustentabilidade ambiental para aqueles que se seguirão a nós e não é com trocas mais acesas de argumentos que nós vamos conseguir aproximar", considerou.

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A cidade amazónica de Belém, fundada pelos portugueses a 12 de janeiro de 1616, reunirá entre esta quinta-feira e sexta-feira delegações de 143 países, das quais pouco mais de um terço serão chefiadas pelos respetivos líderes nacionais, com a ausência confirmada dos três líderes dos países mais poluidores do mundo (China, Estados Unidos e Índia).

Ainda assim, apesar da ausência Xi Jinping, a China está representada pelo vice-primeiro-ministro, Ding Xuexiang, já a Índia, segundo disse à Lusa fonte da presidência brasileira, estará representada pelo seu corpo diplomático no país.

Convocado pelo Presidente brasileiro, Lula da Silva, o encontro é visto pela diplomacia brasileira como um marco central no processo de mobilização e diálogo internacional sobre a agenda climática, antecedendo a 30.ª Conferência das Partes (COP30) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre o Clima, de 10 a 21 de novembro, também em Belém.

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