Plenário da COP30 interrompido após objeções dos países latino-americanos
Ao fim de cerca de uma hora, o presidente reabriu a sessão.
A reunião plenária da COP30 foi, este sábado, interrompida após vários países da América Latina terem contestado a tomada de decisões na assembleia sem que lhes fosse dada a palavra.
O presidente da COP30, André Correa do Lago, suspendeu a sessão cerca de uma hora depois de ter começado, alegando que iria consultar com as delegações que objetaram o procedimento.
As objeções foram apresentadas por países como a Argentina, a Colômbia, o Equador, o Panamá, o Uruguai e o Paraguai, que alegaram não terem sido ouvidos antes de o presidente da conferência dar como aprovados textos em plenário, apesar de terem sinalizado a intenção de falar.
"Estamos muito preocupados com as questões procedimentais nesta COP. Esta é a COP da verdade e a COP da confiança", disse a representante da Colômbia, acrescentando que o presidente da COP deixa o país "sem outra opção" do que objetar o programa de trabalho da mitigação, após ter ignorado o ponto de ordem do país antes de aprovar o documento sobre mitigação.
Ao fim de cerca de uma hora, o presidente reabriu a sessão, lamentando não ter percebido que havia pedidos de intervenção antes de aprovar os textos.
"Como muitos de vós, não dormi e provavelmente isso não ajudou -- tal como a minha idade avançada", justificou o embaixador de 66 anos.
No entanto disse que após consultar o secretariado do plenário, este decidiu que os diplomas estavam adotados.
Seguiu-se uma intervenção do representante russo, que elogiou a presidência de Correa do Lago, que disse merecer gratidão pelo esforço, e acusou os representantes dos países latino-americanos de serem como "crianças mimadas".
A delegada da Argentina tomou a palavra para defender os delegados latino-americanos e disse estar "profundamente ofendida" com a declaração russa.
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