Pelo menos 16 pessoas ficaram intoxicadas em incêndio na COP30
Fogo foi controlado em poucos minutos. Três pessoas foram hospitalizadas.
Não obstante o governo de Lula da Silva, através do ministro do Turismo, Celso Sabino, ter garantido que o incêndio deflagrado esta quinta-feira na conferência mundial do clima, COP30, em Belém do Pará, não teve importância e nem foi propriamente um incêndio, pelo menos 16 pessoas ficaram intoxicadas pelas densas camadas de fumo que tomaram conta da Blue Zone, exatamente a área onde ficam as delegações oficiais de mais de 140 países, e ao menos três estavam hospitalizadas ao início da noite. O sinistro provocou pânico entre os milhares de participantes, que foram retirados de emergência pelas equipas de segurança da ONU.
Imagens que circulam nas redes sociais mostram uma bombeira civil, que trabalhava na conferência e foi uma das primeiras pessoas a combater as labaredas, a ser socorrida por colegas e voluntários, após ter inalado muito fumo, altamente tóxico. Um outro bombeiro, que pediu anonimato por receio de represálias, avançou a jornalistas que a situação foi mais grave do que as autoridades reconhecem, e que tem conhecimento de pelo menos três pessoas hospitalizadas.
O governo do estado do Pará, que, ao contrário do governo central do Brasil, não minimizou o problema, informou em comunicado que, pelo balanço parcial, outras 13 pessoas sofreram intoxicações em graus diferentes e necessitaram de atendimento médico.
O fogo, que o ministro Celso Sabino declarou ter-se resumido provavelmente a algum problema numa tomada de energia, deflagrou aparentemente nas salas ocupadas pela delegação da Índia. Também ao contrário do que o porta-voz do governo Lula afirmou, as labaredas foram intensas, puderam ser vistas de longe e atingiram até o teto da edificação, estranhamente forrado com tecido.
Após o sinistro, que foi combatido inicialmente pela equipa de segurança da ONU reforçada depois por bombeiros do Pará, a Organização das Nações Unidas declarou que a área onde o fogo aconteceu é da responsabilidade do governo do Brasil. Uma legião de participantes na COP30, incluindo ministros de vários países, negociadores e jornalistas do mundo receberam ordem de evacuar imediatamente todos os espaços, deixando para trás computadores portáteis, telemóveis e muitos outros equipamentos e pertences.
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