Primeiros testes serão feitos na ilha do Príncipe.
O Ministério da Saúde de São Tomé inicia no dia 17 testes massivos à covid-19, para determinar o estado epidemiológico da população, estando o arranque marcado para a ilha do Príncipe, anunciou hoje o porta-voz do Governo.
A decisão foi tornada pública no final de mais uma reunião dos órgãos de soberania, destinada a avaliar a situação da pandemia no país, que decorreu no Palácio Presidencial, na capital, São Tomé.
"A conclusão a que se chegou é que, de facto, é necessário massificar os testes, um processo que o ministro da Saúde anunciou que provavelmente iniciará já no dia 17 deste mês, na ilha do Príncipe, que depois estender-se-á à ilha de São Tomé", disse Adelino Lucas.
No discurso de abertura do encontro, o Presidente de São Tomé, Evaristo Carvalho, defendeu que é necessário "identificar as pessoas que podem contaminar outras" com o novo coronavírus.
"Procurar testar o máximo possível, para se identificar pessoas que podem contaminar outras e, deste modo, implementar medidas de isolamento e proteção para conter a infeção, poderá ser uma necessidade", declarou Evaristo Carvalho.
Entre sábado e segunda-feira, as autoridades sanitárias não registaram qualquer caso de infeção por covid-19 nos vários testes realizados. Na terça-feira registaram-se três novos casos e hoje mais um caso positivo.
"É verdade que o laboratório instalado com o apoio da Organização Mundial da Saúde ainda funciona a meio gás, continua-se à espera da ampliação da sua capacidade de resposta, e há questões de natureza meramente técnicas no setor da saúde que o Governo acredita serão resolvidas no quadro próprio", acrescentou o porta-voz do Governo.
Adelino Lucas, que é igualmente secretário de Estado da Comunicação Social, referiu que apesar dos "poucos casos" de infeção por covid-19 registados nos últimos dias pelas autoridades sanitárias de São Tomé e Princípe, o Governo vai prorrogar o estado de calamidade em vigor no país por mais 15 dias.
O executivo justifica a medida com o receio de "proximidade de uma nova vaga da covid-19".
"O que nós estamos a observar agora [o estado de calamidade] termina do dia 15 e logo a seguir o Conselho de Ministro publicará mais uma decisão", acrescentou o porta-voz do Governo.
Segundo Adelino Lucas, "é verdade que o número de casos continua a um ritmo bastante baixo".
"Todavia, nós estamos inseridos numa região, no continente africano, onde nos últimos tempos os casos da pandemia têm crescido de forma assustadora", acrescentou, admitindo que o executivo "teme que ao nível da África" se possa "estar perante uma segunda vaga" da doença.
"Toda a cautela é necessária", declarou, defendendo o redobrar de esforços, pelo que "o Governo vai fazer com que medidas mais severas sejam adotadas na perspetiva de se respeitar as medidas como o distanciamento social, higienização e uso das máscaras".
De acordo com Adelino Lucas, a polícia da ordem pública deverá "ser chamada a desempenhar o seu papel, não numa perspetiva de muscular a sociedade, mas de educação e sensibilização para esse problema de saúde publica".
No encontro de hoje, onde também estiveram presentes alguns antigos ministros e quadros técnicos da saúde, foi feito uma radiografia sobre a situação atual da pandemia e previsões sobre nos próximos tempos, tendos-se sugerido que se fizesse um "estudo global" sobre o novo coronavírus.
A reunião discutiu também a situação económica do país, tendo o chefe de Estado apelado ao Governo para se "adotar um modelo económico" que se coadune com este novo momento que se vive no país" e como poderá enfrentar os próximos tempos no período pós-covid-19.
Em África, há 23.616 mortos confirmados em mais de um milhão de infetados em 55 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné Equatorial lidera em número de casos e de mortos (4.821 infetados e 83 óbitos), seguindo-se Cabo Verde (2.920 casos e 33 mortos), Moçambique (2.481 casos e 17 mortos), Guiné-Bissau (2.088 casos e 29 mortos), Angola (1.735 infetados e 80 mortos) e São Tomé e Príncipe (882 casos e 15 mortos).
O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo número de infetados e de mortos (mais de 3,1 milhões de casos e 103.026 óbitos), depois dos Estados Unidos.
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