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Kamala recorda ataque ao Capitólio e Trump critica imigrantes: O que foi dito no debate quente dos EUA

Democrata acusou adversário de ser manipulado por outros líderes. Republicano disse que imigrantes comem cães e gatos.

11 de setembro de 2024 às 07:57
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Kamala recorda ataque ao Capitólio e Trump critica imigrantes: O que foi dito no debate quente dos EUA

Nesta terça-feira, Kamala Harris e Donald Trump confrontaram-se num aceso debate – o primeiro desde que Kamala substituiu Joe Biden na corrida à Casa Branca, depois da fraca prestação do atual presidente no debate de junho.

O contraste entre Kamala Harris e Donald Trump começou na apresentação: "vamos fazer um bom debate", pediu a democrata para o frente-a-frente presidencial norte-americano com o republicano, cuja estratégia envolvia inferiorizá-la.

Depois de ter alcançado, no anterior debate presidencial com o Presidente dos Estados Unidos, uma vitória clara que acabou por levar os democratas a substituir Joe Biden por Harris, Trump esforçou-se, na terça-feira e quase desde início do frente-a-frente em Filadélfia, por não só colar a rival às "políticas falhadas" da atual administração, mas por subalternizá-la dentro desta.

"O patrão dela", foi como Trump se referiu por diversas vezes a Joe Biden, "o pior Presidente da história" dos Estados Unidos, obrigando Harris a interpelá-lo: "É importante recordar o ex-presidente de que não está a concorrer contra Joe Biden, está a concorrer contra mim".

O candidato presidencial republicano, Donald Trump, voltou na terça-feira a recusar reconhecer a sua derrota nas eleições de 2020 para o atual Presidente, Joe Biden, e negou qualquer envolvimento no ataque ao Capitólio.

"Há tantas provas... tudo o que é preciso fazer é dar uma vista de olhos", afirmou o magnata republicano, reiterando as suas alegações infundadas de suposta fraude eleitoral durante o debate presidencial com a sua adversária democrata, a vice-presidente Kamala Harris.

Quando foi confrontado pelo moderador do debate com as suas afirmações de que perdeu a eleição de 2020 "por um triz", Trump recuou e garantiu que usou esse termo de forma sarcástica.

A candidata presidencial democrata norte-americana Kamala Harris denunciou a violência do ataque ao Capitólio em 2021, acusando Donald Trump de ter incitado a multidão à invasão, e apelou a que o país não regresse ao passado. 

"Donald Trump foi demitido por 81 milhões de pessoas e está com dificuldade em processar isso", afirmou Kamala Harris no debate presidencial de terça-feira (madrugada de hoje em Lisboa) entre ambos, depois de o republicano se ter escusado a admitir que perdeu as eleições em 2020. 

"Eu estava lá e nesse dia (a 6 de janeiro de 2021 no Capitólio) o presidente incitou uma multidão violenta a atacar e profanar o Capitólio da nossa nação", afirmou Harris, lembrando que centenas de agentes foram atacados e alguns morreram.

O candidato presidencial republicano, Donald Trump, repetiu no debate de terça-feira as alegações feitas em círculos republicanos de que imigrantes ilegais estão a "comer animais de estimação" de cidadãos norte-americanos.

"Em Springfield, eles estão a comer cães. As pessoas que chegam estão a comer os gatos. Eles estão a comer os animais de estimação das pessoas que vivem lá", acusou o ex-chefe de Estado, antes de ser recordado pelo moderador do debate de que essas alegações foram oficialmente desmentidas.

Uma porta-voz da cidade de Springfield, no Ohio, disse esta semana que, apesar das publicações que se tornaram virais nas redes sociais e que foram promovidas por Trump e pelos seus apoiantes, "não há relatos confiáveis ou alegações específicas de animais de estimação a ser prejudicados, feridos ou abusados por indivíduos dentro da comunidade imigrante".

A candidata democrata Kamala Harris prometeu, no primeiro debate presidencial norte-americano com Donald Trump, uma "economia de oportunidades" com um corte fiscal para famílias jovens e para pequenas empresas. 

"Fui criada na classe média e sou a única pessoa aqui esta noite que tem um plano para elevar as pessoas da classe média na América", afirmou Kamala Harris no debate terça-feira (madrugada de quarta-feira em Lisboa), ao ser questionada sobre o estado da economia. 

A candidata reconheceu que as famílias estão a ter dificuldades com a escassez de habitação acessível e que é necessário construir mais: prometeu trabalhar com o sector privado para construir mais três milhões de casas até ao final do mandato.

O candidato presidencial republicano, Donald Trump, classificou na terça-feira a vice-presidente e a sua adversária democrata, Kamala Harris, de "marxista" e acusou-a de não ter planos económicos próprios, copiando políticas do atual Presidente, Joe Biden.

"Ela não tem um plano. Ela copiou o plano de Biden e resume-se a quatro frases. Quatro frases que são apenas 'vamos tentar reduzir os impostos'. Ela não tem programa", disse Trump durante o primeiro debate entre os dois candidatos na cidade norte-americana de Filadélfia.

"Ela é marxista. Todos sabem que ela é marxista. O pai dela é um professor marxista de economia, e ele ensinou-a bem", declarou o republicano sob o olhar atento de Harris, que sorria e abanava a cabeça enquanto ouvia o magnata falar.

A candidata democrata norte-americana Kamala Harris acusou, ainda, Donald Trump, no debate presidencial em Filadélfia, de ser fraco em política externa e facilmente manipulado por líderes autoritários, "com lisonja e favores". 

"É bem sabido que Donald Trump é fraco e está equivocado em segurança nacional e política externa", atirou Kamala Harris, dizendo que o oponente "admira ditadores" e quer ele próprio ser um. 

"Se Donald Trump fosse presidente, Putin estaria sentado em Kiev neste momento", atirou Harris, argumentando que o plano do republicano para resolver a invasão da Ucrânia é ceder o país à Rússia.

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