Gouveia e Melo pede "novo contrato social" para aumentar coesão do País

Candidato visitou a fábrica Vasicol, em Porto de Mós, no distrito de Leiria.

04 de dezembro de 2025 às 15:30
Gouveia e Melo Foto: José Sena Goulão/Lusa
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O candidato presidencial Henrique Gouveia e Melo defendeu esta quinta-feira a criação de um "novo contrato social" para desenvolver Portugal e evitar "o país a três velocidades".

Na fábrica Vasicol, em Porto de Mós, no distrito de Leiria, o candidato destacou aquela unidade como "um caso de sucesso", que "emprega cerca de 600 pessoas".

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"É uma história que deve ser contada. Começou com olaria tradicional e, passado duas gerações, com tecnologia, a mesma família a desenvolver negócio, exporta hoje mais de 98%", afirmou.

Para além dos resultados comerciais, aquela empresa "é um sucesso também em termos sociais", porque "numa zona do interior do país, cria empregos, cria tecido social, fixa pessoas ao território e isso é muito importante", assinalou.

Gouveia e Melo apontou o exemplo da Vasicol para mostrar a necessidade de "olhar para o interior do país".

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"Não queremos um país a três velocidades, é mau para o país. Nós temos que criar um novo conceito, um novo contrato social, que desenvolva um país como um todo, com empresas pujantes, mas empresas viradas para as pessoas", sublinhou.

Em Porto de Mós, Gouveia e Melo encontrou muitos trabalhadores imigrantes - um terço da mão-de-obra da Vasicol:

"Também é um aspeto positivo. Falo muito em que a imigração tem que ter integração. E as pessoas que estão aqui estão totalmente integradas. Eles têm os seus salários, regularizam, com o tempo regularizam a sua situação no país, trazem as suas famílias e, com o tempo, passadas uma ou duas gerações, fazem parte completamente da nossa comunidade", disse.

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Para o ex-chefe do Estado-Maior da Armada, a imigração tem um papel decisivo na renovação da demografia:

"Se não renovarmos a nossa comunidade, nós, de acordo com as estatísticas, daqui a 40 anos, 45 anos, seríamos praticamente metade dos portugueses de agora, ou seja, seis milhões de portugueses. E isso também fragiliza o país. Um país desabitado é um país mais frágil", sustentou.

O candidato identifica Portugal como "o país das grandes cidades, o país do litoral e depois o país do interior":

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"É um país a três velocidades e isso é mau para a coesão do país, é mau para o potencial económico do país, porque temos muita zona desocupada que podia gerar riqueza e não está a gerar riqueza".

Gouveia e Melo defende ser necessário "olhar para o interior" e trabalhar para ter "um país como um todo":

"Nós estamos, grosso modo, entre os 60% e os 70% de rendimento per capita do que são os países mais desenvolvidos. Portanto, temos de puxar a nossa carruagem para a frente e não deixar ir caindo para trás. Por isso é preciso a ambição", concluiu.

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