Greve, imigração e saúde dividem Seguro e Ventura

Seguro sublinhou que os trabalhadores “têm o direito” de avançar para a greve geral quando não resta outra alternativa.

18 de novembro de 2025 às 01:30
António José Seguro e André Ventura debatem temas das presidenciais Foto: TVI
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As novas regras do trabalho marcaram o arranque do primeiro debate entre candidatos à Presidência da República. Frente a frente estiveram António José Seguro e André Ventura. O socialista revelou uma posição clara contra o anteprojeto do Governo. “O País não precisa de revisão da lei laboral nesses termos”, considerou, entendendo que as alterações “não foram a votos e atentam contra direitos dos trabalhadores”. Já o presidente do Chega defendeu que é preciso mudar, argumentando que “não há economia moderna com leis da União Soviética e do tempo do PREC”, mas disse que a proposta do Executivo da AD “está mal feita”.

Seguro sublinhou que os trabalhadores “têm o direito” de avançar para a greve geral quando não resta outra alternativa. Ventura pediu antes que se compense a população afetada pela paralisação e que se acabe com os “tipos que não trabalham há 20 e 30 anos e que se dizem líderes sindicais”.Depois, tentou colar o adversário ao PS, que o apoia: “os jovens saíram do País por culpa do Partido Socialista, é a herança que representa”.

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“Ainda há uns meses pediu os votos para as legislativas. Não acha que isto fere o contrato de confiança com os portugueses?”, questionou Seguro, criticando o opositor que “quer ser tudo”. Ventura respondeu com a defesa de um regime mais presidencialista e trouxe a debate a “humilhação” de MarceloRebelo de Sousa, que, em Angola, ouviu do homólogo criticas ao colonialismo. Desafiado a dizer como reagiria, o socialista explicou que “faria o que o Presidente da República fez”, por sentido de Estado.

A saúde, a que Seguro dá prioridade para alcançar um “pacto”, deu a oportunidade a Ventura para falar de imigração e acusar o concorrente de aceitar que “alguém do Bangladesh e do Paquistão e passe à frente” de portugueses. “O PS abriu as portas e agora está-se a rir como o senhor”, atirou o líder do Chega. E ouviu: “Estou a rir-me de si”.

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