"Chumbo do Orçamento não implica dissolução do Parlamento": Seguro quer "estabilidade" para o País

António José Seguro é candidato às eleições presidenciais de janeiro de 2026.

04 de dezembro de 2025 às 19:37
António José Seguro Foto: CMTV
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António José Seguro mostrou que não se deixa influenciar pelos resultados das sondagens para as eleições presidenciais. "A sondagem mais importante é a de 18 de janeiro", disse o candidato presidencial em entrevista à CMTV, esta quinta-feira. 

Seguro começou a entrevista por comentar a notícia de que oito distritos poderão ficar sem acesso a jornais diariamente. António José Seguro lamentou que dificuldades financeiras levem a VASP a ponderar parar a distribuição de jornais nesses distritos, sublinhando que espera que tal não venha a concretizar-se por entender que "não há democracia sem imprensa livre". O candidato presidencial que concorre a Belém com o apoio do PS frisou: "sou do Interior, o meu pai tinha uma papelaria e vendia jornais. Compreendo bem a necessidade dos jornais e da leitura". "Penso que o Estado deve ter um papel complementar. O interior não pode ser abandonado, tem de haver jornais no Interior", destacou.

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Seguro defende que é um candidato agregador. "Tenho dito apoios que vão desde o Chega ao PCP", exemplificou, antes de apelar ao voto útil no seu nome.

 "O único candidato do centro-esquerda que tem condições de ir à segunda volta sou eu", disse. António José Seguro clarificou também que o seu maior "adversário é o impasse do País", prometendo que procura resolver os problemas que afligem os portugueses em áreas como a habitação e a saúde.

No que toca à falta de casas afirmou que há a necessidade de cerca de 200 mil habitações "a preços que as pessoas possam pagar". "Temos de estimular é esse mercado", considerou. 

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Sobre a economia, o candidato presidencial criticou a elevada burocracia que "é um calvário" e dificulta o investimento. Seguro entende que o Estado não tem cumprido o seu papel no que toca a incentivar o investimento. "Temos de ter um Estado amigo da economia, amigo das empresas e isso não acontece", referiu.

António José Seguro passou então a comentar a situação da Saúde. "Como Presidente da República a Saúde vai ser a minha prioridade principal, logo no primeiro ano", disse, argumentando que é preciso gerir melhor os recursos e que "colocar mais dinheiro não é solução" para os problemas atuais nesta área. Seguro reforça que é necessário haver um plano de 5 ou 10 anos para a reestruturação da área. "Ninguém gere o País com Governos de ano e meio", atirou. "Quero ser um presidente exigente e interveniente", garantiu.

Houve ainda tempo para falar sobre a "Operação Influencer". Seguro admitiu achar "inadmissível". "Tivemos uma crise no País e passados dois anos ainda não há resultados dessa investigação". "Precisamos de ter uma justiça em que os portugueses confiam", afirmou.

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Quando questionado sobre se, no lugar de Presidente da República, aceitaria a demissão de António Costa, Seguro disse não ser comentador para analisar a situação, mas assume que Portugal precisa de estabilidade e não de constantes quedas do Executivo. "O chumbo do Orçamento não implica dissolução do Parlamento", explicou.

Relativamente à defesa, Seguro foi claro: "Sou contra o serviço militar obrigatório". O candidato a Belém confessou que lutou contra o serviço militar obrigatório durante a juventude e acredita que os jovens não devem ser "carne para canhão". 

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