Polémica dos rendimentos. Gouveia e Melo insiste que Marques Mendes deve ser transparente
O candidato presidencial apoiado pelo PSD tem afirmado que a polémica em torno dos seus rendimentos numa sociedade de advogados "baixa um bocadinho o nível da campanha".
O candidato presidencial Gouveia e Melo insistiu esta sexta-feira que Luís Marques Mendes, que também está na corrida a Belém, deve ser transparente e esclarecer as relações entre os negócios e a política.
"Uma pessoa que concorre a um cargo político deve esclarecer as questões que aparecem de forma pública sobre as relações entre os negócios e a política", afirmou Gouveia e Melo no final de um encontro com pescadores na Póvoa de Varzim, no distrito do Porto, depois de questionado sobre a polémica em torno dos rendimentos de Marques Mendes numa sociedade de advogados.
Em sua opinião, se aquele seu adversário, que tem o apoio do PSD e CDS/PP, esclarecer o que há a esclarecer "o problema fica resolvido".
"Mas, cabe-lhe a ele, não a mim, não me perguntem a mim, perguntem ao doutor Luís Marques Menos", vincou.
Além disso, o almirante, que seguiu da Póvoa de Varzim para o Porto para um almoço com personalidades de diferentes quadrantes políticos, referiu que a transparência é uma coisa importante.
"Eu julgo que a transparência deve ser uma coisa genérica até na vida política portuguesa, não é só para os candidatos, mas para quem está e tem responsabilidades em funções públicas", sublinhou.
Questionado sobre se esta polémica poderá favorecer a sua candidatura, Gouveia e Melo frisou não querer que isso aconteça porque quer que a sua candidatura seja favorecida pelas suas propostas que são "completamente diferenciadoras" das propostas dos outros candidatos.
"Eu sou o único candidato que verdadeiramente tenho um pensamento que une Portugal. Eu durante 45 anos não pensei em Portugal dividido à esquerda ou à direita", afiançou.
Gouveia e Melo garantiu que a sua missão é ajudar a desenvolver Portugal a um ritmo muito superior ao que está a desenvolver porque o país está a caminhar a passo de caracol numa colina e a ser ultrapassado por outros países europeus que entraram depois na União Europeia.
"Nós estamos, nos últimos 25 anos, a crescer a cerca de 1% ao ano e na Europa em geral a 3% ao ano", frisou.
Na quinta-feira, Luís Marques Mendes afirmou que a polémica em torno dos seus rendimentos numa sociedade de advogados "baixa um bocadinho o nível da campanha", mas assegurou que tudo fará para que isso não aconteça.
Em declarações aos jornalistas, no Funchal, o candidato recusou que o seu caso tenha alguma semelhança ao caso Spinumviva, que envolveu o primeiro-ministro, Luís Montenegro, cuja averiguação preventiva foi arquivada na terça-feira.
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