Em causa estão 413.247,58 euros recebidos em 2023 e 296.309,37 euros em 2024, valores que o candidato presidencial não explica.
O candidato presidencial Luís Marques Mendes afirmou esta quinta-feira que a polémica em torno dos seus rendimentos numa sociedade de advogados "baixa um bocadinho o nível da campanha", mas assegurou que tudo fará para que isso não aconteça.
Em declarações aos jornalistas, no Funchal, o candidato recusou que o seu caso tenha alguma semelhança ao caso Spinumviva, que envolveu o primeiro-ministro, Luís Montenegro, cuja averiguação preventiva foi arquivada na terça-feira.
"Tenho esclarecido e esclarecerei tudo. Eu tive uma sociedade familiar, já está dissolvida", referiu, reafirmando que já se comprometeu a divulgar os clientes dessa empresa assim que obtenha autorização, apontando, por outro lado, que relativamente à sociedade de advogadas na qual era consultor externo os clientes não podem ser conhecidos devido ao sigilo profissional.
Luís Marques Mendes falava na rua Dr. Fernão de Ornelas, uma das mais movimentadas do Funchal, onde esteve esta quinta-feira em contacto com a população, acompanhado do presidente do Governo da Madeira e líder do PSD/regional, Miguel Albuquerque, de quem tem o apoio, e de outros membros do partido na região.
A revista Sábado noticiou na quarta-feira que o candidato presidencial recusava esclarecer como ganhou 709 mil euros nos últimos dois anos enquanto consultor externo da sociedade Abreu Advogados.
Segundo a Sábado, em causa estão 413.247,58 euros recebidos em 2023 e 296.309,37 euros em 2024, valores que Marques Mendes não explica relativamente à origem exata dos honorários e sobre possíveis conflitos de interesses.
Questionado se teme que esta situação possa "contaminar de alguma forma a candidatura", Marques Mendes disse "não ter receio de espécie nenhuma", salientando que "essa é uma parte política" e que o caso Spinumviva "provou que Luís Montenegro não deixou de ganhar eleições, apesar de a campanha estar intensa".
"Agora, baixa um bocadinho o nível da campanha. E eu farei todos os possíveis para não baixar o nível da campanha", declarou.
"E dou aqui um exemplo. Um adversário meu, Cotrim Figueiredo, tem vindo a baixar bastante o nível da campanha. Eu acho lamentável, ele teve um debate comigo, teve a oportunidade de concretizar o que quisesse concretizar, acusações ou insinuações, não foi capaz de concretizar nada na minha frente e cara a cara, e agora anda nas minhas costas a dizer mal de mim e a fazer ataques pessoais. [...] Isto é baixa política", acrescentou.
O candidato apoiado pelos partidos que compõem o Governo, PSD e CDS-PP, garantiu que não vai "pagar na mesma moeda" e continuará a fazer a sua campanha com ideias e "pela positividade".
Marques Mendes disse ainda que suspendeu a sua atividade como advogado na ordem profissional e desvinculou-se da sociedade Abreu Advogados para ser candidato à Presidência da República, cujas eleições decorrem em 18 de janeiro.
E afirmou também que espera que os seus "adversários também façam a divulgação de todas as situações semelhantes que tenham e que a transparência seja para todos".
Sobre o arquivamento do caso Spinumviva, reiterou que "a Justiça sai bem porque cumpriu o seu papel" e "o primeiro-ministro sai bem e passou a ter outra tranquilidade".
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