Liberal vê reforma laboral como um "passo em frente", já o candidato apoiado pelo Livre entende que essa não é a solução para "aumentar o valor da nossa economia".
A reforma laboral, a visão económica para o País e a necessidade de reformar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) separaram Cotrim Figueiredo e Jorge Pinto no debate de ontem na RTP. O candidato presidencial apoiado pela Iniciativa Liberal defendeu a revisão da legislação laboral como “um passo em frente relativamente à flexibilização” que considera “necessária” para “subir os salários” em Portugal.
“Tornar o sistema mais flexível em vez de quebrar”, sintetizou Cotrim. Na sua ótica, “a legislação laboral nunca foi menos rígida do que é atualmente”. “Portugal tem simultaneamente uma das legislações laborais mais rígidas e um dos níveis de precarização mais elevados”, lamentou o liberal.
Jorge Pinto reconheceu esse “ciclo vicioso de baixos salários e a falta de competitividade” da economia portuguesa. O candidato apoiado pelo Livre disse querer ver “aumentar o valor da nossa economia”, mas divergiu de Cotrim ao considerar que a reforma laboral que o Governo pôs em cima da mesa “não traz rigorosamente nada disso”. Tocou ainda no tema dos impostos para afirmar que “o que as empresas procuram não é menos meio percentual de IRC”.
Enquanto Jorge Pinto associou a “emergência ambiental” à “emergência da afirmação da nossa economia e da economia europeia”, Cotrim argumentou que “deve prevalecer o bem estar humano, que é tão afetado pelas alterações climáticas como pelo empobrecimento que o Jorge Pinto e o partido dele defendem”. O candidato apoiado pelo Livre quis responder “numa linguagem que Cotrim entende” e afirmou que “a transição ecológica é a melhor oportunidade económica” para Portugal. Ouviu o liberal acusá-lo de privilegiar “as preocupações ambientais em detrimento da produção e do crescimento”.
Na saúde, Cotrim criticou os “20% de desperdício no SNS”, destacando o exemplo das funcionárias do SNS que registaram imigrantes ilegais e a médica que receitou medicamentos para a diabetes a quem não precisa. Jorge Pinto disse que não concorda que exista desperdício no SNS, “a mais bela das conquistas da nossa democracia”, admitindo convocar “estados gerais da saúde” se for eleito Presidente da República. Cotrim avisou o oponente que “convocar estados gerais é um tipo de intervencionismo que diminui a oposição”.
Relativamente às pressões de que diz ter sido alvo para desistir, Cotrim garantiu que “essas pressões pararam” quando as mencionou publicamente e que acredita que “essas pessoas não estavam mandatadas por Marques Mendes”. Questionado sobre se admite retirar a sua candidatura em prol de outra candidatura à esquerda, Jorge Pinto argumentou que “outros candidatos” terão deturpado palavras suas sobre “supostas desistências que nunca estiveram em cima da mesa”.
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