Candidato considera também que o Presidente da República deve ser "exigente com a governação".
O candidato presidencial Gouveia e Melo defendeu esta segunda-feira que o chefe de Estado deve "ajudar o Governo a ter estabilidade", mas sendo "exigente com a governação", considerando que tem como papel moderar e "equilibrar o sistema".
Henrique Gouveia e Melo visitou esta segunda-feira a Wonderland Lisboa, um mercado de Natal na zona do Parque Eduardo VII, no qual foi cumprimentado por várias pessoas, recebeu algumas promessas de voto, tirou fotografias e até disparou uns "tirinhos" numa das bancas, onde aprendeu que o truque para derrubar as latas era disparar não para o meio, mas para cima.
No final, questionado pelos jornalistas se estava mais habituado a disparar para o centro, respondeu, em tom bem-disposto, que está "mais habituado a tentar levar o país para cima" e "para sair das fronteiras em que está".
Já à pergunta como se deve posicionar o próximo chefe de Estado em relação ao Governo PSD/CDS-PP, defendeu que deve ajudar o executivo "a ter a estabilidade suficiente e as condições suficientes para governar e, simultaneamente, deve ser exigente com a própria governação".
"Se fizer essas duas coisas, por um lado, permite a estabilidade o desenvolvimento do país, mas, por outro, faz um papel importante em representação de todos os portugueses, que é ser exigente com a governação", disse.
Gouveia e Melo deu o exemplo concreto dos incêndios deste verão em que considerou existir, num momento inicial, "um desfasamento entre as preocupações da elite dirigente partidária e o que estava a acontecer no terreno".
"Eu alertei para esse desfasamento e esse alerta foi suficiente para que se reconsiderasse a situação e o Governo reagiu e reagiu bem. Muitas das vezes, o que a presidência tem que fazer é usar a sua palavra e o exercício dessa palavra com moderação, mas com significado nos momentos certos", afirmou.
Questionado se tem mais condições para o fazer do que os seus adversários, Gouveia e Melo não se referiu a qualquer candidato em particular, mas frisou que "o presidente é um moderador do sistema e deve equilibrar o sistema".
"Por não ter lógicas político-partidárias, tudo o que farei é no sentido do Estado e dos interesses nacionais, porque não vou participar em nenhuma lógica de que 'é preciso ganhar o poder neste momento ou é preciso prejudicar a governação neste momento'", avisou, embora salientando que o papel dos partidos é muito importante.
O almirante na reserva e ex-chefe do Estado-Maior da Armada foi ainda questionado como vê um possível acordo de paz para a Ucrânia, defendendo que na resolução deste conflito se joga "muito do futuro da Europa".
"Todos nós devemos estar preocupados, concentrados e focados em ajudar os ucranianos a terem não só um acordo digno, como um acordo que permita estabilizar a Europa para um período prolongado. Se não, é uma questão de tempo, teremos outro tipo de iniciativas e de tentativas noutras, geografias, que poderão afetar diretamente a Europa, a NATO, e criando uma reação que para todos nós é indesejável", avisou.
Questionado se não está afastada a possibilidade de jovens portugueses terem de combater numa guerra, respondeu: "Nenhum responsável nacional ou político deseja que os jovens portugueses tenham de combater. Fazemos e faremos tudo, qualquer um de nós, para evitar isso".
No entanto, alertou que "o medo ou a falta de coragem para tomar atitudes que permitem criar a dissuasão suficiente" pode ser prejudicial, dizendo que "a melhor forma de prevenir o conflito é estar pronto".
As eleições presidenciais estão marcadas para 18 de janeiro de 2026 e anunciaram-se como candidatos, entre outros, António Filipe (com o apoio do PCP), António José Seguro (apoiado pelo PS), André Ventura (apoiado pelo Chega), Catarina Martins (apoiada pelo BE), Henrique Gouveia e Melo, João Cotrim de Figueiredo (apoiado pela Iniciativa Liberal), Jorge Pinto (apoiado pelo Livre) e Luís Marques Mendes (com o apoio do PSD e CDS-PP).
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