Profissionais de saúde estão a desmaiar de fome no trabalho em Gaza. Sem eles, todo o sistema humanitário colapsa

Mais duas pessoas morreram, elevando para 113, o número de vítimas da fome na Faixa de Gaza.

25 de julho de 2025 às 01:30
Há crianças a morrer à fome todos os dias em Gaza Foto: EPA
Há crianças a morrer à fome todos os dias em Gaza Foto: Jehad Alshrafi/AP
Há crianças a morrer à fome todos os dias em Gaza Foto: Haitham Imad/EPA
Há crianças a morrer à fome todos os dias em Gaza Foto: Anadolu via Getty Images
Há crianças a morrer à fome todos os dias em Gaza Foto: Anadolu via Getty Images

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“Os meus filhos choram porque não comem há quatro dias. Aceitaria a morte se isso significasse poder levar um pacote de farinha para os meus filhos, para eles poderem comer”, relatou à BBC, um pai, desesperado, de Gaza.

Mais um dia sem comida, mais um dia em que a fome voltou a matar. Mais duas pessoas morreram, elevando para 113, o número de vítimas da fome na Faixa de Gaza, enquanto a UNRWA, Agência da ONU de Assistência aos Refugiados, diz ter seis mil camiões com ajuda para entrar no enclave.

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“As pessoas em Gaza não estão nem mortas nem vivas, são cadáveres ambulantes”, afirmou o comissário-geral da UNRWA.

Philippe Lazzarini alerta que a crise humanitária está também a afetar quem “tenta salvar salvar vidas no enclave”. “Os profissionais de saúde da linha de frente da UNRWA estão a sobreviver com uma pequena refeição por dia, quando conseguem. Estão a desmaiar de fome no trabalho. Quando os cuidadores não conseguem encontrar o suficiente para comer, todo o sistema humanitário entra em colapso”, afirmou.

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Entretanto, a União Europeia renovou a ameaça, não excluindo a adoção de sanções contra Israel, caso Telavive não cumpra o acordo firmado no início do mês sobre a melhoria da situação humanitária em Gaza.

Um sinal de esperança, ainda que ténue, surge num possível cessar-fogo admitido por Israel, que está a estudar a proposta do Hamas.

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