Cirurgiões só têm gaze e desinfetante para tratar feridos nos hospitais de campanha em Gaza
Muitos dos feridos estão a ser redirecionados para escolas e hospitais de campanha porque os hospitais estão sobrelotados.
Gaze e desinfetante é tudo o que o cirurgião palestiniano Bashir al-Hourani tem para trabalhar na escola central de Gaza, onde ajuda a gerir uma clínica de campanha que trata feridos que são afastados dos hospitais sobrecarregados.
"Não temos mais nada. Este doente devia estar no hospital mas, devido à sobrelotação, foi transferido para o hospital de campanha", diz à Reuters enquanto trata um doente com uma cicatriz cirúrgica no tronco.
"Temos dezenas de doentes como este. Temos crianças que são difíceis de tratar. Mudamos os pensos num dia e no dia seguinte encontramos uma infeção porque não há esterilização, não há locais especializados. Não há sacos de lixo", afirmou.
A escola Al-Sayedah Khadija situa-se em Deir al-Balah, no centro do pequeno enclave palestiniano que as forças israelitas têm bombardeado.
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