Egito abre porta a estrangeiros e feridos pela primeira vez desde o início do conflito na Faixa de Gaza

Entraram cidadãos com passaporte grego austríaco, japonês, búlgaro, indonésio, italiano, australiano, checo e jordano, e feridos palestinianos.

02 de novembro de 2023 às 01:30
Civis entram no Egito Foto: STAFF/ reuters
Egípcios receberam refugiados Foto: STAFF/ reuters
Imagem 49292416.jpg (19480675) (Milenium) Foto: MOHAMMED SALEM/ reuters

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Pela primeira vez desde o início do conflito na Faixa de Gaza, a 7 de outubro, os civis começaram esta quarta-feira a abandonar a região, através da fronteira com o Egito, em Rafah. Os primeiros a chegarem a território seguro foram cidadãos estrangeiros com dupla nacionalidade, sobretudo crianças, mulheres e idosos, num total da ordem das 500 pessoas.

Segundo a Al Jazeera, foi permitida a passagem aos civis com passaporte austríaco, japonês, búlgaro, indonésio, italiano, grego, australiano, checo e jordano, bem como a cerca de 90 feridos palestinianos.

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A entrada em território egípcio dos que conseguiram escapar aos bombardeamentos israelitas sobre o território palestiniano a norte, depois de os repetidos apelos feitos pelos responsáveis das Forças Armadas de Israel para rumarem ao Sul da Faixa de Gaza, foi saudada por muitos populares, que, empunhando bandeiras egípcias, expressaram a sua solidariedade para com o povo palestiniano.

A crise humanitária na Faixa de Gaza está a causar enorme preocupação na comunidade internacional, mantendo-se também os receios de que o conflito armado possa vir a alargar-se a outros países. Receios que levaram esta quarta-feira os chefes da diplomacia turca e iraniana a propor a realização de uma conferência internacional o mais rapidamente possível, para evitar uma guerra regional, e ao regresso, amanhã, a Israel do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken.

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Novo ataque a campo de refugiados

O campo de refugiados de Jabalia, em Gaza, foi bombardeado pela segunda vez em menos de 24 horas, depois de um primeiro ataque ter feito mais de 50 mortos e centenas de feridos. Segundo a Al Jazeera, as forças israelitas terão voltado a atacar fazendo “numerosas baixas”. Quem escapou ileso desespera à procura por sobreviventes nos escombros. Este foi um dos mais recentes ataques por parte de Israel, que garante já ter atingido mais de 11 mil alvos na Faixa de Gaza desde o início da guerra, desencadeada pelo ataque do Hamas. No primeiro ataque no campo de Jabalia terão morrido sete reféns, três dos quais com passaportes estrangeiros. O Hamas acusa Israel de não estar “preocupado com a segurança dos prisioneiros em Gaza, durante os bombardeamentos indiscriminados”, e de Israel cometer massacres para encobrir fracassos. Um dos líderes do grupo avisa que não haverá estabilidade na região se os palestinianos não conquistarem a independência. Por sua vez, o primeiro-ministro de Israel prometeu esta quarta-feira que o país irá vencer a guerra, apesar das “perdas dolorosas” de soldados israelitas no conflito. “Estamos numa guerra que é difícil e que será longa. Prometo aos cidadãos de Israel que vamos fazer o nosso trabalho e continuar até à vitória”, afirmou Benjamin Netanyahu. Segundo o Exército israelita, 15 soldados morreram desde terça-feira, quando aumentaram as operações terrestres na Faixa de Gaza.

Pela primeira vez desde o início do conflito na Faixa de Gaza, a 7 de outubro, os civis começaram esta quarta-feira a abandonar a região, através da fronteira com o Egito, em Rafah. Os primeiros a chegarem a território seguro foram cidadãos estrangeiros com dupla nacionalidade, sobretudo crianças, mulheres e idosos, num total da ordem das 500 pessoas.

Segundo a Al Jazeera, foi permitida a passagem aos civis com passaporte austríaco, japonês, búlgaro, indonésio, italiano, grego, australiano, checo e jordano, bem como a cerca de 90 feridos palestinianos.

A entrada em território egípcio dos que conseguiram escapar aos bombardeamentos israelitas sobre o território palestiniano a norte, depois de os repetidos apelos feitos pelos responsáveis das Forças Armadas de Israel para rumarem ao Sul da Faixa de Gaza, foi saudada por muitos populares, que, empunhando bandeiras egípcias, expressaram a sua solidariedade para com o povo palestiniano.

A crise humanitária na Faixa de Gaza está a causar enorme preocupação na comunidade internacional, mantendo-se também os receios de que o conflito armado possa vir a alargar-se a outros países. Receios que levaram esta quarta-feira os chefes da diplomacia turca e iraniana a propor a realização de uma conferência internacional o mais rapidamente possível, para evitar uma guerra regional, e ao regresso, amanhã, a Israel do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken.

Novo ataque a campo de refugiados

O campo de refugiados de Jabalia, em Gaza, foi bombardeado pela segunda vez em menos de 24 horas, depois de um primeiro ataque ter feito mais de 50 mortos e centenas de feridos. Segundo a Al Jazeera, as forças israelitas terão voltado a atacar fazendo “numerosas baixas”. Quem escapou ileso desespera à procura por sobreviventes nos escombros. Este foi um dos mais recentes ataques por parte de Israel, que garante já ter atingido mais de 11 mil alvos na Faixa de Gaza desde o início da guerra, desencadeada pelo ataque do Hamas. No primeiro ataque no campo de Jabalia terão morrido sete reféns, três dos quais com passaportes estrangeiros. O Hamas acusa Israel de não estar “preocupado com a segurança dos prisioneiros em Gaza, durante os bombardeamentos indiscriminados”, e de Israel cometer massacres para encobrir fracassos. Um dos líderes do grupo avisa que não haverá estabilidade na região se os palestinianos não conquistarem a independência. Por sua vez, o primeiro-ministro de Israel prometeu esta quarta-feira que o país irá vencer a guerra, apesar das “perdas dolorosas” de soldados israelitas no conflito. “Estamos numa guerra que é difícil e que será longa. Prometo aos cidadãos de Israel que vamos fazer o nosso trabalho e continuar até à vitória”, afirmou Benjamin Netanyahu. Segundo o Exército israelita, 15 soldados morreram desde terça-feira, quando aumentaram as operações terrestres na Faixa de Gaza.

PORMENORES

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Segundo o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas, 8796 palestinianos morreram em ataques israelitas em Gaza desde o início do conflito. Entre as vítimas mortais há 3648 crianças.

A organização Repórteres sem Fronteiras denunciou, junto do Tribunal Penal Internacional, a ocorrência de crimes de guerra contra jornalistas na Palestina e em Israel.

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