Famílias dos reféns israelitas anunciam greve geral
Líder da oposição ao governo do primeiro-ministro israelita Netanyahu já anunciou o seu apoio ao protesto.
Inconformado com a decisão de Netanyahu prolongar o conflito em Gaza e as consequências de ocupar a maior cidade do enclave palestiniano, onde se concentram centenas de milhares de pessoas, um grupo de familiares de reféns ainda nas mãos do Hamas convocou para o próximo domingo uma greve geral em Israel.
O anúncio foi feito no domingo, numa conferência de imprensa realizada em Telavive, menos de 24 horas depois de milhares de pessoas terem saído uma vez mais a rua da capital israelita exigindo o fim dos combates e a libertação dos reféns ainda com vida, que serão cerca de 20, e dos corpos dos que já morreram, calcula-se em três dezenas. "No próximo domingo, pararemos e diremos: 'Chega, parem a guerra, devolvam os refén'. Está nas nossas mãos", disse Reut Recht-Edri, cujo filho Ido Edri foi morto pelo Hamas no festival de música Nova, a 7 de outubro de 2023, segundo o jornal Times of Israel.
O líder da oposição israelita Yair Lapid, que se mostrou muito crítico da decisão de invadir Gaza, “um desastre que conduzirá a muitos mais desastres", garante, já apoiou a proposta de greve geral, numa mensagem publicada na sua conta na X. "O apelo das famílias dos reféns para o encerramento da economia é justificado e apropriado", disse.
O líder da esquerda também já se juntou ao coro de vozes contra a política do primeiro-ministro. "Apelo a todos os cidadãos de Israel, a todos aqueles que valorizam a vida e a garantia mútua, para que se juntem a nós e tomem as ruas para lutar", escreveu Yair Golan na sua conta nas redes sociais.
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