"Há sangue por todo o lado": Coordenador de equipa da OMS descreve cenário de hospitais em Gaza

Capacidade sanitária no enclave reduziu cerca de 80% desde o início do conflito.

26 de dezembro de 2023 às 23:27
Hospital em Rafah, Gaza Foto: Mohammed Salem/ Reuters
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A guerra em Gaza tem devastado o enclave de Norte a Sul. Na véspera de Natal, as forças israelitas realizaram um dos maiores ataques desde o início do conflito a um campo de refugiados, tendo provocado a morte de mais de uma centena de pessoas. Nos hospitais "há sangue por todo o lado" com o número de vítimas a chegar após bombardeamentos. 

Sean Casey, o coordenador de uma equipa médica da Organização Mundial da Saúde (OMS), deu a conhecer as condições em que alguns dos feridos chegam aos hospitais de Gaza. As imagens divulgadas mostram pacientes feridos e crianças deitadas no chão.

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"Vimos crianças, mulheres, jovens, homens e mulheres idosos, pessoas a esvaírem-se em sangue. Ontem, à mesma hora, no Al-Aqsa, vi uma mulher com vários ferimentos de bala. há sangue por todo o lado nestes hospitais. Estamos a ver casos a entrar pela porta a uma escala que é difícil de acreditar, é um banho de sangue como dissemos antes, uma carnificina", disse Sean Casey, citado pela agência Reuters.

As ações israelitas intensificaram-se no Natal, sobretudo numa zona central a sul da via fluvial sazonal que atravessa a Faixa de Gaza. O exército israelita disse aos civis para abandonarem a zona, embora muitos dissessem que não havia lugar seguro para onde ir.

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Desde que o Hamas matou 1200 pessoas e capturou 240 reféns no dia 7 de outubro em Israel, as forças israelitas iniciaram ataques de retaliação em Gaza e foi declarada guerra.

As autoridades de saúde palestinianas afirmaram que cerca de 21 mil pessoas foram mortas em Gaza nos ataques israelitas desde que começou o conflito.

O coordenador da equipa médica da OMS explicou que a capacidade sanitária em Gaza é cerca de 20% do que era há 80 dias.

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