Israel confirma que os restos mortais entregues pelo Hamas pertecem a Hada Goldin
Oficial foi morto em combate, em agosto de 2014. Caso do refém foi marcado por um impasse nos últimos anos.
As forças armadas de Israel confirmaram este domingo que os restos mortais entregues pelo Hamas à Cruz Vermelha pertencem ao oficial morto em combate em 2014, Hadar Goldin.
"Representantes das FDI [Forças de Defesa de Israel] informaram a família do tenente Hadar Goldin que o seu corpo foi repatriado para ser sepultado", confirmou o Exército de Israel num comunicado publicado na sua conta na rede social X.
Nas últimas horas, o Hamas confirmou ter encontrado o corpo de Goldin em Rafah, cujos restos mortais estavam retidos desde que ele morreu numa emboscada em agosto de 2014. Homens armados do Hamas saíram de um túnel em Rafah e atacaram as tropas da unidade de reconhecimento da Brigada Givati, como relembra a imprensa israelita.
O caso de Goldin, de 23 anos, foi marcado por um impasse nos últimos anos, sendo que o Hamas se recusou durante anos a libertar outros prisioneiros em troca de Goldin, como aponta o The Times of Israel. O caso de Goldin já era destaque entre a população israelita antes do ataque de 7 de outubro de 2023, com as famílias dos então também reféns a fazerem pressão para manter o sequestro dos entes queridos na agenda nacional.
Em 2019, o pai do oficial, Simcha Goldin, organizou um protesto em frente ao Knesset com uma galinha insuflável de dez metros, simbolizando o que ele descreveu como a "hesitação do governo em confrontar o Hamas", cita o The Times of Israel. Já em 2022, a família Goldin organizou uma marcha de sua casa, no centro de Israel, até a fronteira com Gaza, no sentido de alertar o governo israelita para que garantisse o retorno do filho e de outros detidos.
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