Israel intensifica ataques no Líbano e promete "não dar descanso" ao Hezbollah
Ataques de segunda-feira fizeram mais de 500 mortos.
Israel intensificou, na terça-feira, os ataques contra posições do Hezbollah no Líbano e matou o comandante da divisão de mísseis do grupo xiita num ataque cirúrgico em Beirute, numa escalada que está a alarmar a comunidade internacional e a aumentar o receio de uma guerra aberta na região.
Pelo segundo dia consecutivo, a aviação israelita bombardeou centenas de alvos ligados ao Hezbollah, incluindo rampas de lançamentos de mísseis e armazéns de armas e munições, muitos delas alegadamente situados em residências particulares. “Quem tiver um míssil escondido na sala ou um ‘rocket’ na garagem deve saber que irá ficar sem casa”, avisou o PM, Benjamin Netanyahu, aconselhando os civis libaneses a afastarem-se do Hezbollah e do seu líder, Hassan Nasrallah. “A nossa guerra não é com vocês. Nasrallah está a levar-vos para o abismo, livrem-se dele para o vosso próprio bem”, exortou.
O Governo libanês não atualizou o número de vítimas dos ataques israelitas, limitando-se a confirmar a morte de 558 pessoas nos bombardeamentos de segunda-feira, que foi o dia mais sangrento no país desde o final da guerra civil, em 1990.
A meio da tarde de terça-feira, um ataque aéreo atingiu um edifício de cinco andares no centro de Beirute, provocando a morte de Ibrahim Qubaisi, chefe da divisão de mísseis e ‘rockets’ do Hezbollah, e de outras cinco pessoas, horas depois de o chefe do Estado-Maior israelita, Herzi Halevi, ter prometido uma intensificação dos ataques de modo a “não dar descanso” ao movimento xiita apoiado pelo Irão.
E TAMBÉM
Novo ‘rocket’
O Hezbollah disse ter lançado dezenas de mísseis contra bases militares no Norte de Israel e ter usado pela primeira um novo ‘rocket’, batizado como ‘Fadi 3’.
O Hezbollah alertou que Israel lançou milhares de panfletos com um código de barras que, ao ser lido, “retira toda a informação” dos telemóveis.
A ONU exigiu a Israel que não ataque membros do Hezbollah que não estejam a participar ativamente nos combates, sob pena de violar as leis internacionais.
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