"Neste momento, há uma pessoa a ser violada num túnel": Mulheres israelitas alertam para abusos sexuais de reféns
Governo israelita foi alvo de críticas durante uma reunião para as vítimas de violência sexual durante a guerra.
As mulheres israelitas feitas reféns pelo grupo Hamas estão a ser sujeitas a abusos sexuais regulares, alertam algumas vítimas que foram libertadas no âmbito do cessar-fogo temporário.
Aviva Siegel, raptada por militares do grupo islamita em outubro e libertada durante o acordo de trégua humanitária no final de novembro, revelou aquilo que viu "com os próprios olhos" durante o cativeiro. As violações são algo que não consegue esquecer.
"Os membros do Hamas trazem roupas impróprias e transformam as raparigas nas suas bonecas. Bonecas com as quais podem fazer o que quiserem, sempre que quiserem", afirmou Aviva, citada pelo The Times of Israel, numa reunião para as vítimas de violência sexual e de género na guerra Israel- Hamas.
"Não consigo respirar, não consigo lidar com isto, é demasiado difícil (...) Eu ainda lá estou. O meu corpo está lá", explicou.
Durante a reunião para as vítimas de violência sexual durante a guerra, o governo israelita foi criticado devido à falta de medidas tomadas para libertar os restantes reféns que se encontram em Gaza.
"Os reféns não fizeram nada de mal! Não temos o direito de ficar aqui sentados, temos de gritar e lutar por eles. Neste momento, há uma pessoa a ser violada num túnel", afirmou Shir, filha de Aviva que também se encontrava na reunião.
Na manhã de 7 de outubro, Israel acordou em alerta, após um ataque surpresa desencadeado pelo grupo islâmico Hamas, com recurso a foguetes disparados da Faixa de Gaza.
Após um acordo, Israel conseguiu a libertação de reféns, mas acredita-se que mais de 130 reféns permanecem em Gaza.
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