O testemunho arrepiante de uma refém israelita que foi espancada, torturada e violada por um membro do Hamas

Amit Soussana disse em entrevista ao New York Times que foi agredida sexualmente, espancada e torturada, durante os 55 dias em que esteve refém, em Gaza.

27 de março de 2024 às 10:41
Amit Soussana fala com a imprensa em frente à sua casa destruída no Kibutz Kfar Aza, em Israel Foto: Alexandre Meneghini/File Photo/Reuters
Amit Soussana fala com a imprensa em frente à sua casa destruída no Kibutz Kfar Aza, em Israel Foto: Alexandre Meneghini/File Photo/Reuters

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Amit Soussana, uma advogada e refém israelita de 40 anos, revelou ter sido sexualmente agredida enquanto esteve presa pelo Hamas. "Com a arma apontada para mim, obrigou-me a cometer um ato sexual", disse a mulher acrescentando que o guarda se identificou apenas como Muhammad.

Amit disse em entrevista ao New York Times que foi agredida sexualmente, espancada e torturada, enquanto esteve refém em Gaza durante 55 dias. 

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Afirmou que foi mantida sozinha no quarto de uma criança e acorrentada pelo tornozelo. Disse ainda que, alguns dias depois de ter sido capturada, Muhammad começou a interrogá-la sobre a sua vida sexual e o seu ciclo menstrual.

Ao New York Times, a mulher revelou que num dia o homem a desacorrentou, levou-a para a casa de banho e ordenou-lhe que tomasse banho.

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Enquanto tomava banho, a advogada lembra-se de ter ouvido a voz do homem junto à porta. Depois virou-se e encontrou-o com a arma na mão a observá-la. "Ele sentou-me na borda da banheira. Eu fechei as pernas e resisti. Ele continuou a dar-me murros e apontou-me a arma à cara", disse ao jornal.

"Depois arrastou-me para o quarto", acrescentou. Amit alegou que, no quarto, Muhammad obrigou-a a praticar um ato sexual, deixando-a depois nua e sentada no escuro. 

Segundo o New York Times, Amit relatou a alegada agressão e outros atos de violência a dois médicos e a uma assistente social depois de ter sido libertada durante um cessar-fogo em novembro.

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O porta-voz do Hamas, Basem Naim, em declarações ao New York Times, disse ser "difícil acreditar" no relato de abuso sexual feito pela mulher e acrescentou que para eles "o corpo humano, especialmente o da mulher, é sagrado".

Há meses que o grupo terrorista nega que os seus membros tenham abusado sexualmente de pessoas em cativeiro ou durante o ataque de 7 de outubro.

No entanto, de acordo com o Daily Mail, um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), afirma que há "informações claras e convincentes" de que alguns reféns sofreram violência sexual.

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