ONU condena "assassínio de seis jornalistas palestinianos pelo exército israelita" em Gaza

Nações Unidas reiteram o pedido de "acesso imediato, seguro e sem obstáculos a Gaza para todos os jornalistas".

11 de agosto de 2025 às 13:24
Palestinianos carregam corpos de jornalistas que morreram em Gaza Foto: Jehad Alshrafi/AP
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O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos condenou "o assassínio de seis jornalistas palestinianos pelo exército israelita" na Faixa de Gaza na noite de domingo para esta .

Num comunicado publicado na rede social X, o alto comissariado acusa Israel de ter "atingido a tenda" onde se encontravam cinco funcionários da cadeia de televisão qatari Al Jazeera, o que "constitui uma grave violação do direito internacional humanitário".

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Um jornalista freelancer que colaborava ocasionalmente com meios de comunicação locais também foi morto no mesmo ataque.

"Israel deve respeitar e proteger todos os civis, incluindo jornalistas", sublinha ainda o alto comissariado, que lembra que "pelo menos 242 jornalistas palestinianos [237, segundo o Hamas] foram mortos em Gaza desde 07 de outubro de 2023".

Na mensagem, a ONU reitera o pedido de "acesso imediato, seguro e sem obstáculos a Gaza para todos os jornalistas".

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Uma das vítimas, Anas al-Sharif, de 28 anos, era um dos rostos mais conhecidos entre os correspondentes que cobriam diariamente o conflito.

O exército israelita afirmou tê-lo alvejado, classificando-o como "terrorista" que "se fazia passar por jornalista".

A organização de defesa da imprensa Repórteres Sem Fronteiras (RSF) denunciou, esta segunda-feira, "com veemência e indignação o assassínio reivindicado" pelo exército israelita de Anas al-Sharif, acrescentando que o jornalista era "a voz do sofrimento imposto por Israel aos palestinianos de Gaza".

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