Para Pérola sobreviver ao ataque de 7 de outubro do Hamas foi como se tivesse “nascido de novo”

Pérola Gaz passou 20 horas com as netas num ‘bunker’ com terroristas por perto.

07 de outubro de 2025 às 01:30
Pérola e as netas sobreviveram ao massacre no ‘kibbutz’ Be’eri Foto: Direitos Reservados
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A meio de outubro de 2023, Pérola Gaz permanecia hospedada, ainda incrédula, num resort do mar Morto onde o Governo de Israel alojou os sobreviventes do massacre no ‘kibbutz’ Be’eri. Foi lá que, passados alguns dias do ataque do Hamas e já na companhia do marido, ausente no estrangeiro durante a ofensiva palestiniana, contou ao CM que depois de passar 20 horas com as netas no pequeno ‘bunker’ de casa com os terroristas por toda a habitação, sobreviver foi como que se tivesse “nascido de novo”.

Dois anos depois, o CM visitou Pérola no ‘kibbutz’ temporário onde vive com a família. “Quando saímos do hotel [no mar Morto] fomos para Portugal para tentar colocar a cabeça no lugar”, lembra a professora. Mas não é fácil esquecer as primeiras horas daquele sábado que se prolongaram por uma eternidade. Sobretudo quando ainda há amigos e conhecidos nas masmorras do Hamas: “Sentimos um aperto, quando vemos imagens dos reféns e voltam os momentos difíceis. Temos pavor que os nossos amigos possam não voltar”, confessa. “Temos que viver nesse dilema. Eu não paro de chorar, nem um minuto, quando ouço os familiares a falar dos reféns.” 

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