Telavive acusa Irão e Hezbollah de ataque informático falhado a hospital

Israel afirma que foram roubados dados confidenciais armazenados nos sistemas do hospital Ziv.

18 de dezembro de 2023 às 12:26
Hospital Ziv, no norte de Israel (Imagem de arquivo) Foto: Baz Ratner / Reuters
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Israel acusou, esta segunda-feira, o Irão e o Hezbollah de um ataque informático falhado contra um centro médico na cidade de Safed, no norte de Israel, que pretendia "interromper as operações do hospital".

"O Irão e o Hezbollah foram identificados como as entidade por trás de uma tentativa de ataque informático ao centro medico Ziv (...). O ataque, orquestrado pelo Irão em conjunto com uma equipa informática do Hezbollah, pretendia perturbar as operações do hospital, mas acabou por falhar", disse um comunicado da Direção Nacional de Informática de Israel.

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Uma investigação conjunta desta Direção, do exército e da Agência de Segurança de Israel (Shin Bet) revelou que o grupo informático dos serviços de informação iraniano, com a participação da unidade informática do grupo xiita libanês Hezbollah, tentou lançou um ataque informático contra o hospital Ziv há cerca de três semanas.

"O ataque foi frustrado antes que conseguisse interromper as operações do hospital e afetar o tratamento médico dos cidadãos", disseram as autoridades israelitas.

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No entanto, os atacantes conseguiram roubar dados confidenciais armazenados nos sistemas do hospital, que começaram a publicar na internet, mas num esforço conjunto com o Ministério Público do Estado, os canais que continham dados confidenciais foram rapidamente removidos.

"Apesar da tentativa dos atacantes de extrair dados do hospital, a rápida intervenção evitou qualquer dano ao funcionamento do hospital e um possível impacto humanitário nos cidadãos", apontaram as autoridades israelitas.

Israel está atualmente a travar uma guerra na Faixa de Gaza contra o grupo islamita Hamas, movimento palestiniano - aliado do Irão, do Hezbollah e dos rebeldes iemenitas Huthis - que cometeu um ataque em solo israelita em 7 de outubro e provocou 1 200 mortos e mais de 240 raptados.

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O movimento libanês também lançou ataques nos últimos dois meses contra Israel.

De acordo com as autoridades da Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, cerca de 19 mil pessoas já morreram devido aos bombardeamentos e às operações israelitas no enclave, incluindo oito mil crianças.

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