Zara retira campanha publicitária após apelos de boicote de ativistas pró-Palestina
Muitos dos comentários afirmavam que as fotografias da campanha se assemelhavam a cadáveres em Gaza.
A Zara retirou a mais recente campanha publicitária, divulgada no site e na aplicação, que mostrava manequins sem membros e estátuas embrulhadas em panos brancos, depois de surgiram apelos de alguns ativistas pró-Palestina para um boicote ao retalhista de moda.
As fotografias, que apareciam na página inicial da loja online da Zara na segunda-feira de manhã, já não eram visíveis no sítio Web ou na sua aplicação às 12h30. As fotografias polémicas também foram apagadas das redes sociais. A Inditex, grupo que detém a Zara, disse que a mudança fazia parte do procedimento normal de atualização de conteúdos.
A conta da Zara no Instagram recebeu dezenas de milhares de comentários sobre as fotografias, muitos deles com bandeiras palestinianas, enquanto "#BoycottZara" era tendência na rede social X. Muitos dos comentários afirmavam que as fotografias se assemelhavam a cadáveres em Gaza.
A empresa não comentou os apelos ao boicote, mas afirmou que a coleção "Atelier" foi concebida em julho e as fotografias foram tiradas em setembro. A guerra entre Israel e o Hamas começou a 7 de outubro.
No lançamento da coleção, a 7 de dezembro, a Zara afirmou que esta se inspirava na alfaiataria masculina dos séculos passados e nas fotos aparecem escadas, caixotes de madeira e gruas, e assistentes vestidos com fatos-macaco.
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