Eyal Zamir já manifestou as suas objeções ao plano de Netanyahu e defende que o Exército vai manter "o profissionalismo e os princípios que regem as suas ações".
O comandante das forças armadas israelitas, Eyal Zamir, afirmou esta segunda-feira que as suas tropas entraram numa "nova fase de combate" e farão "todos os possíveis" para preservar as vidas dos reféns mantidos na Faixa de Gaza.
“Estamos no início de uma nova fase nos combates em Gaza", disse Zamir numa reunião de avaliação do Estado-Maior, um dia após o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ter confirmado os seus planos de ocupação da principal cidade do território palestiniano e deslocação de centenas de milhares dos seus habitantes, e da expansão das operações militares aos campos de refugiados na costa central.
O comandante das forças armadas, que tornou públicas as suas objeções a este plano, aprovado na sexta-feira pelo Gabinete de Segurança de Israel, referiu hoje que o Exército vai manter "o profissionalismo e os princípios que regem as suas ações".
Ao mesmo tempo, indicou que os soldados terão “sempre os reféns em mente” e farão “todos os possíveis para proteger as suas vidas e trazê-los de volta para casa".
O Exército receia que o novo plano de operações possa envolver áreas onde presumivelmente se encontram as 20 pessoas vivas em posse das milícias palestinianas e colocá-las em risco, como já aconteceu no passado.
"O Exército poderá assumir o controlo operacional da Cidade de Gaza, tal como fez em Khan Yunis e Rafah [no sul da Faixa de Gaza]. As nossas tropas já realizaram operações terrestres lá e poderemos voltar a fazê-lo", continuou o comandante militar.
Estima-se que se encontrem cerca de um milhão de pessoas na capital de Gaza, muitas delas deslocadas, provenientes de outras partes do enclave, especialmente da praticamente deserta província do norte, que inclui as cidades de Jabalia, Beit Hanoun e Beit Lahia.
Apesar da relutância de Zamir, que defendia o cerco à Cidade de Gaza em vez da sua ocupação, Netanyahu aprovou um plano que inclui a derrota e desmilitarização do Hamas, a sua expulsão das instituições governamentais e o estabelecimento de uma gestão civil separada do grupo político armado e da Autoridade Palestiniana.
O plano do executivo tem merecido uma vaga de críticas da oposição, dos familiares dos reféns e dos próprios membros de extrema-direita da coligação governamental - que o consideram “uma cedência aos fracos” -, da ONU e da maioria dos países da região e do mundo ocidental, incluindo tradicionais aliados de Telavive.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas convocou uma sessão de urgência no domingo para avaliar a situação na Faixa de Gaza, mas a reunião terminou sem um projeto de resolução.
Israel impôs um bloqueio ao território e impediu as organizações internacionais de distribuírem ajuda à população, que tem sido feita exclusivamente desde maio pela Fundação Humanitária de Gaza, criada com apoio das autoridades de Telavive e Washington.
Segundo as autoridades palestinianas, controladas pelo Hamas, mais de 200 pessoas morreram de fome ou subnutrição nas últimas semanas na Faixa de Gaza, das quais cerca de metade eram crianças.
O conflito foi desencadeado pelos ataques liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, onde perto de 1.200 pessoas morreram e cerca de 250 foram feitas reféns.
Em retaliação, Israel lançou uma vasta operação militar no território, que já provocou mais de 61 mil mortos, segundo as autoridades locais, a destruição de quase todas as infraestruturas do enclave e a deslocação de centenas de milhares de pessoas.
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