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"Cheiro a morte está em todo o lado": O cenário no maior hospital de Gaza após ataques israelitas

Hospital al-Shifa foi cercado pelo exército israelita durante duas semanas.

10 de abril de 2024 às 11:02

Depois dos ataques perpetrados por Israel, no maior hospital de Gaza, o al-Shifa, "o cheiro a morte está em todo todo o lado". A descrição é feita por profissionais de saúde, que dão conta do caos em que se encontra a unidade hospitalar. 

Maha Sweylem, uma enfermeira, recorda o dia em que o exército israelita cercou o Hospital al-Shifa. "Através de altifalantes, o exército israelita ordenou que todos se rendessem. Começou a disparar em todas as entradas, impedindo qualquer pessoa de se mexer. Passei quatro dias lá com as minhas duas filhas pequenas sem comer nem beber. Elas choravam de fome. Quando prenderam o meu marido, ele já não comia há três dias", conta à Al Jazeera

Motasem Salah, o diretor do Centro de Operações de Emergência de Gaza, fala numa situação insuportável "O cheiro a morte está por todo o lado", disse. 

Durante duas semanas, o hospital foi palco de violentos combates, que não pouparam os principais edifícios do complexo, incluindo enfermarias e salas de operações. Israel culpou o Hamas e a Jihad Islâmica, alegando que estavam a usar o hospital como base, e garante ter eliminado mais de 200 terroristas e detido mais de 900 suspeitos durante a operação, para além de ter apreendido grandes quantidades de armas, munições e documentos. O Hamas diz que mais de 400 pessoas foram mortas durante a incursão, incluindo médicos.

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