A edição de hoje
Exército israelita avança com nova linha de controlo militar chamada de “Linha amarela”.
O chefe do Estado-Maior israelita declarou que a denominada “linha amarela”, demarcada na Faixa de Gaza, passa a ser considerada a “nova fronteira” com Israel. Segundo Eyal Zamir, esta linha funciona simultaneamente como “linha de defesa avançada para os colonatos” e como “linha de ataque”. Ao abrigo do cessar-fogo acordado com o Hamas, em vigor desde 10 de outubro, as tropas israelitas deverão retirar-se de Gaza de forma faseada, após uma retirada inicial para dentro do território delimitado por esta “linha amarela”. Porém, a tensão no terreno mantém-se elevada. No domingo, o exército israelita matou um palestiniano que terá alegadamente cruzado a “linha amarela” na zona sul da Faixa de Gaza. As forças israelitas afirmaram que, após identificarem “um terrorista”, abriram fogo para “eliminar a ameaça”.
Desde o início do cessar-fogo, Israel tem justificado as mortes dos habitantes de Gaza com “ameaças imediatas”. Segundo o Ministério da Saúde do enclave, o número oficial de mortos desde então é de 366, sem incluir registos mais recentes. Entre as vítimas encontram-se militantes e civis que terão atravessado inadvertidamente esta linha imaginária, para além da qual mais de metade do território de Gaza permanece sob controlo militar israelita.
Muitas famílias de Gaza, desconhecendo as novas demarcações, tentam aproximar-se da zona para regressar às suas casas, aumentando o risco de novos incidentes.
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