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Jornalista passou 33 dias detido em Israel a ser agredido e gozado por soldados

Mulher e filhos viram Diaa al-Kahlout a ser levado pelas forças de Israel.

14 de janeiro de 2024 às 23:10

Diaa al-Kahlout estava em Gaza em outubro, com a mulher e os cinco filhos, quando foi surpreendido pelas forças israelitas. O jornalista passou 33 dias detido, tendo sido submetido a diversas torturas físicas e psicológicas. Descreve o tempo passado às mãos de Israel como "duro e difícil". 

"Tenho alguns problemas de saúde devido à detenção. Tenho dormência nos pés, sinto-me sempre sonolento e não consigo desligar e esquecer o tempo que passei preso", contou à Reuters.

O palestiniano, que trabalhava como correspondente para a agência de notícias Al-Araby Al-Jadeed, disse que as tropas israelitas o obrigaram a despir-se e a deixar a roupa para trás quando o prenderam. Durante os dias de detenção, Diaa al-Kahlout  esteve sempre algemado e vendado. 

Após se identificar como jornalista durante o interrogatório, al-Kahlout foi transferido para um centro de detenção. Diz ter sido agredido diversas vezes e ouvido alguns soldados a gozar com ele. 

"Fui agredido várias vezes, taparam-me a boca e ouvi sete ou oito soldados a gozar comigo e a dizer 'jornalista, jornalista'", conta. 

Al-Kahlout acabou por ser libertado e levado para Gaza através da passagem de Kerem Shalom no sul do enclave palestiniano. Não se reencontrou com a família. 

A guerra Israel- Hamas teve início a 7 de outubro após um ataque desencadeado pelo Hamas em território israelita. Até ao momento já morreram mais de 24 mil pessoas em Gaza devido à retaliação israelita. 

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