Líder do sindicato agradeceu o apoio europeu, mas defendeu que a Europa devia "tomar ações políticas e aplicar sanções a Israel".
O líder do sindicato de jornalistas palestinianos, Nasser Abu Bakr, agradeceu, esta terça-feira, o apoio da União Europeia (UE) no conflito com Israel, mas defendeu que muito mais podia ser feito pela Faixa de Gaza e pelos seus jornalistas.
"Agradeço toda a ajuda da União Europeia, dos países europeus e do povo europeu, mas eles podem fazer muito mais do que estas ações", afirmou Abu Bakr numa entrevista conjunta com a imprensa internacional no Parlamento Europeu em Estrasburgo, França, onde representa os jornalistas palestinianos que foram finalistas do Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento 2025.
O líder do sindicato defendeu que a Europa devia "tomar ações políticas e aplicar sanções a Israel", para além de "proteger os jornalistas palestinianos".
"Sei que agora a situação está melhor do que há dois anos, mas precisamos cada vez mais [de proteção], porque os princípios do Parlamento Europeu são proteger os direitos humanos, a democracia, a vida civil, o jornalismo e os jornalistas", argumentou.
Abu Bakr referiu que muito do apoio prestado pelo sindicato que lidera passa por reunir "necessidades urgentes", como "comida e água" para os cerca de "1.700 jornalistas em Gaza".
"Tendas, colchões, cobertores, roupas para os seus filhos, para eles. Esta é a assistência que prestamos. Algo que os permita continuar a sua vida", disse.
O líder do sindicato de jornalistas palestinianos recordou a história de um correspondente da televisão qatari Al-Jazeera que, enquanto estava em direto, "recebeu a notícia de que a sua mulher, a sua filha e o seu filho tinham sido mortos".
"Esta é a situação. Não dá para imaginar esta situação quando se está a filmar ou a trabalhar numa reportagem", salientou.
"Qualquer sociedade democrática deve respeitar a ética do jornalismo, a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa" e para o líder do sindicato, na Palestina, controlado pelo movimento islamita Hamas, "existe liberdade de imprensa".
Uma das prioridades do jornalismo em Gaza, para Abu Bakr, passa por cobrir "os crimes de guerra israelitas em Gaza" e a cobertura jornalística prestada por jornalistas palestinianos estende-se até aos meios internacionais, algo que orgulha o líder do sindicato.
"Pode perguntar à Reuters, à Associated Press, à France-Presse, à CNN o que julgam dos seus correspondentes e operadores de câmara. Eles são muito profissionais e trabalham com um padrão profissional muito elevado", acrescentou.
Os ataques terroristas do Hamas em Israel a 07 de outubro de 2023, em que foram mortas mais de 1.200 pessoas e raptadas mais de duas centenas, desencadearam uma retaliação israelita que as autoridades de Gaza afirmam que já provocou mais de 70 mil mortos.
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