Vencedores da Eurovisão voltam a juntar-se ao exército para defender a Ucrânia

Todos os homens entre os 18 e 60 anos foram obrigados a permanecer na Ucrânia durante a guerra.

15 de maio de 2022 às 20:27
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A Kalush Orchestra, banda ucraniana que venceu a edição de 2022 Festival da Canção da Eurovisão, vai voltar para a Ucrânia para voltar a juntar-se ao exército ucraniano e continuar a defender o país em tempo de guerra contra o invasores russos. Imagens captadas à saída do hotel onde estava hospedada a banda, em Turim, Itália, onde se realizou o espetáculo, mostram o momento em que Oleg Psiuk se despediu da namorada com um beijo este domingo.A banda tinha sido autorizada excecionalmente a deixar o país para participar na competição, mas assim que esta terminou, receberam ordem para regressar a casa no dia seguinte à final. "Temos que ser o mais úteis possível para o país", disse o vocalista, em entrevista à Rolling Stone UK.

De acordo com a lei ucraniana, todos os homens entre os 18 e 60 anos estão proibidos de deixar o país e os mais novos estão obrigados a integrar o exército ucraniano.Em entrevista à revista especializada em música, o vocalista revelou que foi convocado para combater ao lado das tropas ucranianas contra os invasores russos apenas dois dias depois de a banda ter sido escolhida para representar a Ucrânia na Eurovisão. 

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"Primeiro tens de assinar este formulário que declara que as forças armadas ucranianas não são responsáveis pela tua morte em combate", contou Psiuk, acrescentado que apenas depois é que o informaram que teria uma conferência de imprensa com os participantes da Eurovisão.

Numa entrevista à Associated Press, em março passado, o vocalista Psiuk disse que fundou uma organização voluntária que usa as redes sociais para ajudar os ucranianos a encontrar transporte e abrigo.A Kalush Orchestra da Ucrânia venceu o Festival este sábado à noite com a música "Stefania", criando uma onda de apoio do público e conseguindo uma vitória emocionada que foi ainda saudada pelo presidente do país, Volodymyr Zelensky.

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