“Algo de bom pode estar prestes a acontecer": Trump deixa mensagem sobre negociações de paz com a Ucrânia

Plano de paz proposto pelos Estados Unidos foi discutido ao mais alto nível em Genebra.

24 de novembro de 2025 às 13:08
Trump esperançado de que o seu plano de paz para colocar fim ao conflito entre Rússia e Ucrânia pode ter sucesso Foto: Direitos Reservados
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Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, deixou esta segunda-feira uma mensagem na sua rede social Truth Social, a insinuar que podem ter existido avanços positivos no acordo de paz proposto pelos EUA à Ucrânia.

"Será mesmo possível que estejam a ser feitos grandes progressos nas negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia? Não acreditem até verem com os próprios olhos, mas algo de bom pode estar prestes a acontecer", escreveu Donald Trump.

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Esta mensagem surge horas depois de Trump ter feito feito outra publicação a criticar o facto de a Ucrânia ter expressado "zero de gratidão" pelos esforços dos Estados Unidos. EUA e Ucrânia discutiram em Genebra, na Suíça, o plano de paz apresentado pelo governo de Trump na semana passada.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, publicou uma mensagem na rede social Telegram a informar que a delegação ucraniana estava a regressar a casa após as negociações em Genebra. Mas não adiantou mais pormenores, revelando apenas que aguarda um relatório completo sobre o andamento das negociações: "Com base nos resultados dos relatórios, definiremos os próximos passos. Vamos continuar a coordenar ações com a Europa e outros parceiros internacionais."

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Já esta segunda-feira, António Costa, presidente do Conselho Europeu, anunciou "progressos significativos" nas negociações sobre um plano de paz para a Ucrânia e sublinhou que decisões como sanções, alargamento e congelamento de ativos têm de passar pela União Europeia.

"A reunião de ontem, [domingo] em Genebra, entre os Estados Unidos, Ucrânia, instituições da União Europeia (UE) e seus representantes,ficou marcada por progressos significativos", disse o português António Costa, em Luanda.

"Os Estados Unidos e a Ucrânia informaram-nos que as discussões foram construtivas e que foram alcançados progressos em diversos assuntos. Saudamos este passo em frente e, apesar de alguns assuntos terem de ser resolvidos, a direção é positiva", acrescentou, após uma reunião informal do Conselho Europeu, que serviu também para reafirmar o apoio europeu à Ucrânia, face à invasão russa.

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O plano de 28 pontos elaborado pelo Governo do presidente norte-americano, Donald Trump, gera grande preocupação em Kiev, por incluir várias exigências russas: cedência de território, redução do exército e renúncia à adesão à NATO. Em contrapartida, prevê garantias de segurança ocidentais para evitar novos ataques.

Trump deu à Ucrânia até 27 de novembro para responder às propostas. Em caso de rejeição, o presidente russo, Vladimir Putin, ameaçou continuar os avanços militares no terreno, onde as tropas russas mantêm vantagem.

Perante a pressão simultânea dos Estados Unidos e da Rússia, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, iniciou consultas com aliados europeus.

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