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Marcelo diz que Europa tem de ser "diplomática e dura" nas conversações sobre o plano dos EUA para guerra na Ucrânia

Este domingo estão a decorrer em Genebra discussões entre representantes dos Estados Unidos com responsáveis ucranianos e europeus, sobre o plano americano de 28 pontos.

23 de novembro de 2025 às 19:42

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu este domingo que em "momentos cruciais" a Europa tem de ser "diplomática e dura", a propósito das conversações sobre o plano dos EUA para por fim à guerra na Ucrânia.

A Europa "tem que ser mais unida. Tem de ser muito determinada, tem de ser rápida, tem de antecipar os acontecimentos e quando chega a momentos cruciais, pode ser diplomática, mas tem de ser ao mesmo tempo diplomática e dura", defendeu Marcelo Rebelo de Sousa, no Porto.

"As outras potências têm de perceber que têm ali na frente uma verdadeira potência. Porque se não perceberem, deixam de tratar [a Europa] como potência", defendeu o chefe de Estado.

Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas à margem da entrega dos Prémios Manuel António da Mota, onde anunciou que irá condecorar por mérito social, a título póstumo, o empresário.

Este domingo estão a decorrer em Genebra discussões entre representantes dos Estados Unidos com responsáveis ucranianos e europeus, sobre o plano americano de 28 pontos apresentados pelo presidente norte-americano, que visa pôr fim a quase quatro anos de conflito provocado pela invasão russa.

"Para o mundo não ficar um G3 ou G dois e meio - EUA, China e Federação Russa, que gostaria de ser a terceira potência, mas ainda não é - a Europa, que é poderosíssima em termos económicos, tem de ser poderosíssima em termos políticos internacionais. Tem de ser uma potência política internacional. Eu diria que às vezes tem-se a sensação de que as outras potências não veem a Europa assim, nem a tratam assim", disse.

Em seu entender, a Europa tem de se impor, porque "quem quer ter poder e quem quer ser respeitado, tem de criar condições para isso".

"E isso era muito mau para o mundo. A Europa merece ser tratada como potência, tem gente na liderança com capacidade para o fazer, tem que se unir mais, tem de antecipar (...) nos momentos cruciais", referiu.

E acrescentou: "A Europa tem um grande poder de negociação, tem um grande poder diplomático e de negociação, mas perante poderes que estão a jogar o tudo ou nada, que é o caso dos Estados Unidos, com esta ideia de poder intervir em todo o mundo, o caso da Rússia para ganhar uma guerra e da China para tirar proveito do que se passa com os outros. Aí, a União Europeia tem de ainda ser melhor do que tem sido no passado".

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