Ativista que se manifestava a favor da Ucrânia e contra Putin condenado a sete anos de prisão na Rússia
Mikhail Krieger gritou "Glória à Ucrânia" assim que ouviu a sentença.
Um ativista, nascido na Ucrânia, foi condenado a sete anos de prisão pelo tribunal russo por "justificar o terrorismo", avança a Reuters. Mikhail Krieger, de 63 anos, foi detido em novembro por fazer publicações na Internet nas quais revelava um posicionamento contra a Rússia e contra o presidente Vladimir Putin.
Ativista e antigo membro do Conselho Distrital de Tagansky, em Moscovo, Krieger ajudou a organizar manifestações de apoio à Ucrânia desde a invasão russa em 2014. Também protestou em apoio ao líder da oposição preso Alexei Navalny e a outros dissidentes visados pelo Kremlin.
Em 2020, Krieger escreveu nas redes sociais que Putin devia ser enforcado. Os procuradores russos afirmaram que o homem estaria a incitar ao ódio com aquela mensagem.
Durante o julgamento, o ativista negou todas as acusações e aproveitou para falar da guerra que eclodiu na Ucrânia em fevereiro de 2022.
"Considero esta guerra um conflito raro em que a verdade está 100% num dos lados. E esse lado é o da Ucrânia", sublinhou, citado por aquela agência de notícias.
Mikhail Krieger gritou "Glória à Ucrânia" assim que ouviu a sentença.
De acordo com a rede russa de direitos humanos OVD-Info, foram instaurados processos penais contra mais de 500 pessoas por protestos contra a guerra.
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