Exército ucraniano avança em força
Putin assinou decretos finais de anexação e reconheceu necessidade de “estabilizar” a situação após os avanços ucranianos.
O Presidente russo, Vladimir Putin, admitiu esta quarta-feira de forma implícita que que as forças russas enfrentam grandes dificuldades nas regiões recém-anexadas por Moscovo e prometeu que a situação será “estabilizada”.
“Temos de estabilizar primeiro estas regiões para depois podermos desenvolvê-las tranquilamente”, disse Putin na televisão russa, horas depois de ter assinado os decretos finais de anexação das regiões de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporíjia. A admissão de que a situação nas regiões anexadas não está estável é o primeiro reconhecimento da parte de Putin das fortes dificuldades que as forças russas estão a enfrentar perante a contraofensiva ucraniana, que nos últimos dias permitiu retomar dezenas de localidades no Sul e no Leste do país.
Confrontado com o aparente contrassenso de anexar regiões que a Rússia não controla totalmente e onde as suas forças estão em retirada, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, negou qualquer contradição e garantiu que os territórios perdidos “serão recuperados e farão parte da Rússia para sempre”. Já o chefe do gabinete presidencial ucraniano, Andriy Yermak, comparou as ações da Rússia a “um manicómio coletivo”. “As decisões ilegais de um país terrorista não valem o papel em que estão escritas”, afirmou.
Entretanto, a UE anunciou esta quarta-feira a aprovação do oitavo pacote de sanções à Rússia, que pela primeira vez inclui a imposição de um tecto ao preço do petróleo russo.
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