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Tropas ucranianas fazem avanços no Sul do país

Porta-voz do Kremlin admitiu que a Rússia desconhece os limites territoriais de duas das quatro regiões ucranianas.

04 de outubro de 2022 às 08:39

Tropas ucranianas conseguiram romper as linhas de defesa russas na região de Kherson e penetrar dezenas de quilómetros em território ocupado, no mais significativo avanço militar no Sul do país em vários meses.

O Presidente Volodymyr Zelensky já tinha sugerido no fim de semana que existiam boas notícias na frente Sul, mas a confirmação acabou por chegar do lado oposto. Vladimir Saldo, dirigente instalado pelos russos na região de Kherson, admitiu ontem que a situação no terreno é "muito complicada", com as forças ucranianas a avançarem rapidamente ao longo da margem ocidental do rio Dniepre e a tomarem várias localidades, incluindo Dudchany, que fica cerca de 30 quilómetros a sul da anterior frente de batalha.

Recorde-se que a região de Kherson é uma das quatro regiões anexadas sexta-feira pela Rússia e, a confirmar-se este avanço, é mais uma prova de que as forças russas não controlam grande parte desses territórios. Este novo revés, juntamente com a perda da cidade de Lyman, no fim de semana, levou ontem ao afastamento do comandante do Distrito Militar Ocidental russo, general Alexander Zhuravlyov.

Entretanto, e noutro sinal de que a mobilização de reservistas não está a correr como o esperado, milhares de novos recrutas foram rejeitados e enviados de volta a casa por "não cumprirem os critérios necessários para o serviço militar".

Fronteiras de novas regiões por definir

PORMENORES

Duma aprova anexação

A Câmara Baixa do Parlamento russo aprovou ontem as leis que consagram a anexação dos territórios ocupados de Kherson, Donetsk, Luhansk e Zaporíjia.

Kadyrov envia filhos

O líder checheno Ramzan Kadyrov, aliado de Putin, disse que vai enviar os três filhos adolescentes de 14, 15 e 16 anos para combater na Ucrânia.

Nord Stream avaliado

A Suécia enviou um submarino para avaliar os danos nos gasodutos Nord Stream I e II, atingidos por alegada sabotagem.

Resposta dura da NATO a ataque nuclear

O general David Petraeus, antigo diretor da CIA, avisou ontem que o uso de armas nucleares na Ucrânia seria "inaceitável" e teria uma resposta dura por parte da NATO. "Hipoteticamente, essa resposta poderia passar pela destruição de todas as forças convencionais russas na Ucrânia e na Crimeia, bem como toda a frota russa do mar Negro", disse Petraeus, adiantando que um ataque nuclear "não poderia ficar impune".

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